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“Sete Mulheres, Sete Musas” propõe, através da banda desenhada, “abrir uma porta para um outro público leitor apreciar e compreender a riqueza poética de Camões”, afirma a coordenadora da obra, Alexandra Lourenço Dias, na introdução do livro.
As histórias têm argumento de Pedro Moura, numa adaptação livre da lírica de Camões, e desenho de Amanda Baeza, Daniela Viçoso, Miguel Rocha, Jorge Marinho, José Smith Vargas, Rita Mota e Susa Monteiro.
Na antologia surgem representadas Leonor, Dinamene, Bárbara ou Violante, algumas das mulheres que Camões imortalizou na poesia e cuja influência, sublinha Alexandra Lourenço Dias, “ressoou, ao longo de cinco séculos, na história da literatura e em outras esferas da cultura portuguesa”.
Tendo já sido publicadas várias adaptações da obra de Camões, a transposição para o registo da banda desenhada significa que “tem o poder de atrair uma audiência mais jovem, mais diversificada”, e os artistas escolhidos revelam diferentes sensibilidades estilísticas e visuais na abordagem ao formato.
À Lusa, o editor José de Freitas, da editora A Seita/Comic Heart, explicou que o livro se enquadra nas comemorações dos 500 anos do nascimento de Luís Vaz de Camões e que teve apoio do Camões – Instituto da Cooperação e da Língua em Londres, sob a direção de Alexandra Lourenço Dias.
Luís Vaz de Camões, que se estima ter nascido em 1524 e morrido em 1580, é considerado um dos maiores nomes da literatura mundial, ocupando a sua vasta obra, ainda hoje, um lugar cimeiro na história da cultura portuguesa.
Entre as adaptações da vida e da obra para banda desenhada contam-se "Os Lusíadas", por José Ruy em 1983, ou a mais recente transposição deste poema épico, editada em 2024 com argumento de Pedro Moura e desenho de vários autores, entre os quais Daniel Silvestre e Miguel Rocha.
No segmento infanto-juvenil, e integrando as listas de recomendações do Plano Nacional de Leitura, foram publicados, por exemplo, "Camões, o super-herói da língua portuguesa" (2010), de Maria Alberta Menéres, "Os Lusíadas para gente nova" (2012), de Vasco Graça Moura, "Barbi-ruivo: O meu primeiro Camões" (2007), de Manuel Alegre, e "Luís Vaz de Camões: Um poeta genial" (2024), de Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada.
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