A classe Alimentação e Bebidas não Alcoólicas foi a que registou um maior aumento dos preços, com 2,33%, seguindo-se Saúde, com 2,08%, Vestuário e Calçado, com 2,06%, e Hotéis, Cafés e Restaurantes, com 2,00%, refere o Índice de Preços no Consumidor Nacional (IPCN), hoje divulgado.

A classe Alimentação e Bebidas não Alcoólicas foi também a que, segundo o INE angolano, "mais contribuiu para o aumento do nível geral dos preços", sendo responsável por 1,13 pontos percentuais do aumento de 1,99% em novembro.

O valor registado em novembro deste ano representa um aumento de 0,18 pontos percentuais e, em termos homólogos, de 0,46 pontos percentuais face aos 1,53% registados no mesmo período do ano passado.

No acumulado dos últimos 12 meses, Angola soma um aumento de 24,9% dos preços no consumidor, um valor que ultrapassa os 24,7% entre dezembro de 2016 e novembro 2017 -- o valor mais alto deste indicador nos últimos três anos.

Já desde o início do ano, a inflação em Angola soma 22,57%, valor semelhante ao registado nos primeiros 11 meses de 2017, quando alcançou os 22,21%. Em relação a 2019, isto representa um aumento de 7,86 pontos percentuais face aos 14,71% então registados.

De acordo com o INE, as províncias angolanas que registaram maior aumento foram as de Lunda Norte (2,49%), Luanda (2,14 %), Moxico (1,89%) e Bié (1,88%).

Por outro lado, as províncias com menor variação foram Zaire (1,57%), Cabinda (1,54%), Namibe (1,52%) e Lunda Sul (1,41%).

Na proposta do Orçamento Geral do Estado angolano para 2021, Luanda estima uma taxa de inflação acumulada anual de 18,27% para o próximo ano.

Devido à pandemia de covid-19, verificou-se uma redução do preço do barril de petróleo, o que levou a que os Estados-membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus parceiros reduzissem a produção, de modo a equilibrarem o preço do barril de petróleo.

No final de novembro, o Comité de Política Monetária do Banco Nacional de Angola manteve a previsão de 25% de inflação para o presente exercício económico "pelo que continuará a monitorizar todos os fatores monetários determinantes da inflação".

JYO (MBA) // PJA

Lusa/Fim