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A decisão, comunicada diretamente à presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, apanha de surpresa o bloco europeu, com quem os EUA mantinham negociações há meses. Trump justifica a medida como forma de combater desequilíbrios comerciais, e só admite recuar se empresas europeias passarem a produzir em solo americano.
Para Portugal, os setores mais expostos são os têxteis, os móveis e as armas. Em 2024, os EUA compraram 60 milhões de euros em armamento português — praticamente toda a produção de uma única empresa, a Browning, de Viana do Castelo. Produtos farmacêuticos, combustíveis e maquinaria também estão entre os mais vendidos, explica o JN.
As novas tarifas deverão encarecer os produtos portugueses no mercado americano, o que pode levar a uma queda na procura e, consequentemente, nas exportações.
O ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, classificou o impacto como “muito elevado” e defendeu uma solução negociada, em linha com a posição da Comissão Europeia.
Bruxelas ainda tenta alcançar um acordo antes da entrada em vigor das tarifas. Von der Leyen advertiu para o risco de disrupção nas cadeias de abastecimento e indicou que a UE poderá responder com medidas equivalentes, caso não haja recuo por parte dos EUA.
A nível europeu, as exportações para os EUA superaram os 530 mil milhões de euros em 2024, sendo a Alemanha o país mais afetado. Os setores automóvel e farmacêutico lideram as vendas. Fabricantes e líderes políticos pedem uma solução rápida para evitar danos económicos.
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