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Numa semana em que a Europa atravessa uma vaga de calor com Portugal e Espanha a registarem temperaturas acima dos 40 graus, as soluções para “arrefecer” as cidades ganham especial atenção. Sevilha, conhecida como a “frigideira da Europa”, é uma das cidades na linha da frente da inovação para dar resposta às elevadas temperaturas.

Um dos projetos mais emblemáticos é o Cartuja Qanat, inspirado numa técnica milenar do Médio Oriente. Trata-se de uma rede subterrânea de aquedutos que recolhe a água da chuva e a canaliza para zonas de menor altitude. Em Sevilha, os qanats modernos percorrem edifícios e estruturas energéticas, com superfícies metálicas que libertam ar frio, conseguindo reduzir a temperatura ambiente até 10 graus.

Na antiga Pérsia, relata a Monocle, usavam-se estruturas como o yakhtchal, uma espécie de frigorífico coletivo feito com materiais porosos (como clara de ovo, fibras vegetais e até pelo de cabra), capaz de conservar gelo recolhido no inverno e manter alimentos frescos no verão. Já o badguir, ou “torre do vento”, captava o ar quente, conduzia-o até águas subterrâneas frias e fazia circular novamente o ar, agora arrefecido, uma espécie de ar condicionado natural.

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Outro exemplo em Sevilha é o projeto Life Water Cool, financiado pela União Europeia, que visa aumentar a disponibilidade de água na cidade e utilizar esse recurso como sistema de arrefecimento urbano. Através de canais, a iniciativa recolhe, armazena e reutiliza a água da chuva, devolvendo-a aos espaços públicos.

O ProMeteo Sevilla, por seu lado, aposta na sensibilização, tornando a cidade andaluz primeira do mundo a nomear e classificar vagas de calor com base no seu impacto na saúde pública. A ideia é aumentar a consciência dos cidadãos para os riscos das temperaturas elevadas.