
"De maneira geral, estudos sugerem que a maioria das pessoas pode comer até seis ovos por semana sem problemas para a saúde, o que equivale a cerca de um ovo por dia", responde Rita Azevedo, nutricionista.
No entanto, "como qualquer outro alimento, se for consumido em exagero pode ser prejudicial". O recomendável é "o equilíbrio", para que o consumo de ovos possa ser benéfico.
No fundo, "a dosagem equilibrada depende de cada pessoa", da idade, do peso, saúde e atividade física. Mas, segundo a especialista, "cerca de um a dois ovos por dia é considerado seguro para a maioria das pessoas".
A albumina faz mal à saúde?
"A albumina é a proteína encontrada na clara do ovo", explica a nutricionista. Em quantidades adequadas, "não faz mal a saúde, exceto em pessoas com alergia ao ovo, a albumina pode causar reações alérgicas graves".
Se esse não for o caso, a clara do ovo pode ser um bom suplemento na alimentação: "A albumina é rica em proteínas de alto valor biológico contribuindo para o fortalecimento da massa muscular e do sistema imunológico".
Também a gema do ovo é uma boa fonte de vitaminas, que "metabolicamente impedem a subida de colesterol pelo nosso corpo", acrescenta Rita Azevedo.
Na verdade, "a subida do colesterol LDL (“mau colesterol”) é motivada pelo consumo de alimentos ricos em gorduras saturadas como manteiga, fritos, charcutaria, entre outros", o que não é o caso dos ovos.
Os ovos são uma boa substituição para os vegetarianos?
Para quem não consome carne ou peixe, os ovos "são uma excelente fonte de proteína, vitamina B12 e selénio", podendo ser usados como substitutos na alimentação.
Ovos biológicos ou de galinhas criadas em gaiola?
Um estudo da Universidade de Lisboa garante que não há diferenças nutricionais entre ovos de gaiola e de produção alternativa. Os ovos de solo são 25% mais caros e os biológicos custam o triplo.
Apesar da pressão para criar sistemas alternativas, a maior parte dos ovos ainda são de poedeiras que vivem em gaiolas comunais. Com a evolução da discussão sobre proteção animal, estas gaiolas são mais reguladas, respeitando o aumento do espaço indicado por lei.
Além disso, a investigação de Madalena Lordelo concluiu que as diferenças entre os ovos de diferentes sistemas são insignificantes, desconstruindo a ideia de que o rótulo está relacionado com a qualidade dos produtos.
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