
O responsável máximo pelo Alto Comissariado nas Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), Filippo Grandi, lamentou em comunicado a incapacidade que se regista na solução dos conflitos e que provocou um aumento sem precedentes do número de refugiados de guerra em todo o mundo: 122 milhões.
Em concreto, Grandi referiu-se aos conflitos no Sudão, Ucrânia, República Democrática do Congo e Gaza.
“Para piorar uma situação desesperada, os cortes brutais na ajuda humanitária estão a sufocar a assistência, ameaçando a vida de milhões de pessoas que precisam desesperadamente de ajuda”, alertou o reponsável pelo ACNUR na mensagem que assinala o Dia Mundial dos Refugiados.
O alto-comissário disse ainda que é importante reafirmar a solidariedade para com os refugiados com ações urgentes.
Por outro lado, demonstrou esperança em exemplos que disse serem inspiradores – que não especificou – de países localizados nos limites de zonas de guerra que continuam a acolher e a proteger refugiados.
“Os inúmeros atos individuais de bondade e compaixão (…) revelam a humanidade comum”, afirmou sem detalhar.
No mesmo documento, Filippo Grandi referiu que se encontra na Síria, onde após 14 anos de “crise e desespero” (guerra civil), dois milhões de pessoas já decidiram regressar.
No caso da Síria, Grandi referiu que existe esperança em relação à situação dos refugiados, tratando-se de uma oportunidade que deve ser aproveitada.
Segundo Grandi, trata-se de momentos que são apenas possíveis graças à solidariedade demonstrada pelos países vizinhos da Síria, que proporcionam refúgio às pessoas.
O responsável da agência das Nações Unidas elogiou as comunidades sírias que estão a acolher os compatriotas com o apoio de instituições como o ACNUR e “parceiros locais e internacionais”.
“Neste Dia Mundial dos Refugiados e todos os dias, os governos, as instituições, as empresas e os indivíduos podem provar que, ao ajudar as pessoas apanhadas em conflitos sem sentido, podem vir a alcançar estabilidade, humanidade e justiça”, disse Grandi.
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