
A agência das Nações Unidas divulgou esta sexta-feira a atualização das listas de medicamentos essenciais para adultos e crianças, nas quais foram acrescentados novos tratamentos para vários tipos de cancro e para a diabetes com comorbilidades associadas, como a obesidade, mas também para a fibrose quística, psoríase e doenças relacionadas com o sangue.
Estas listas, segundo a OMS, incluem medicamentos para as necessidades prioritárias de saúde das populações e são adotadas em mais de 150 países, servindo de base para as compras do setor público, fornecimento de fármacos, seguros de saúde e modelos de reembolso.
Entre os medicamentos que foram adicionados, constam os fármacos com o princípio ativo semaglutido, dulaglutido e liraglutido, que são utilizados para a diabetes tipo 2, mas também para a perda de peso, o que tem levado a uma grande procura em vários países, incluindo Portugal.
Os peritos da OMS concluíram que estes medicamentos “podem ajudar as pessoas” com diabetes tipo 2, especialmente as que também têm doenças cardíacas ou renais, melhorando o controlo do açúcar no sangue, reduzindo o risco de complicações, ajudando na perda de peso e até diminuindo o risco de morte precoce.
A organização salientou que a diabetes e a obesidade são dois dos desafios de saúde mais urgentes que o mundo enfrenta, tendo em conta que mais de 800 milhões de pessoas viviam com diabetes em 2022, metade das quais sem tratamento, enquanto mil milhões são afetadas pela obesidade.
No caso dos medicamentos contra o cancro, foram avaliados sete pedidos, abrangendo 25 fármacos, adiantou a OMS, ao salientar que o seu comité de peritos aplica critérios rigorosos para recomendar apenas as terapêuticas que oferecem o maior benefício clínico.
“Como resultado, são incluídos poucos medicamentos contra o cancro aprovados — apenas aqueles que comprovadamente prolongam a vida por pelo menos quatro a seis meses”, referiu a organização em comunicado.
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