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Segundo o primeiro grande estudo europeu sobre o tema, quatro anos depois da proibição imposta pela UE em 2018, registou-se um aumento de 2% a 3% em espécies como o melro, felosa-preta e tentilhão. Estas aves dependem fortemente de insetos para se alimentarem, sobretudo na época de criação.

Segundo o The Guardian, o estudo analisou dados de mais de 1.900 locais em França e mostrou que, antes da proibição, as zonas onde estes pesticidas eram usados tinham menos 12% de aves insetívoras em comparação com áreas sem aplicação dos químicos.

Os cientistas sublinham que a recuperação é lenta porque os neonicotinóides persistem no solo durante anos, continuando a afetar os insetos. Estimam que o regresso pleno das populações de aves possa demorar décadas, tal como aconteceu com outros pesticidas como o DDT.

Especialistas reconhecem que a proibição está a ter efeitos positivos, mas alertam que outros fatores — como alterações climáticas e perda de habitat — também influenciam os números. A investigação reforça, contudo, a importância de políticas agrícolas mais sustentáveis e da redução do uso de pesticidas.

Nos países em desenvolvimento, onde as regras são menos rígidas, o impacto dos pesticidas nas aves é provavelmente maior, mas pouco documentado.

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