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Estudos recentes mostram uma queda significativa no número de adultos que leem um livro por ano. Portugal continua a ter o indicador per capita de compras de livros mais baixo entre países europeus com desenvolvimento semelhante: 1,3 livros por habitante, segundo dados divulgados este ano na conferência BOOK 2.0 - O Futuro da Leitura, na Fundação Champalimaud. Evento onde se revelou que no país o número de vendas foi de 14 milhões de livros em 2024.
Assim como a leitura por prazer continua a ser secundária nos hábitos dos portugueses. Segundo dados da APEL (Associação Portuguesa de Editores e Livreiros), 60% da população lê por gosto todas as semanas, sendo que a maioria dos leitores são mulheres (64% contra 54% dos homens). A leitura continua longe de ser uma prioridade no tempo livre, ocupando dos últimos lugares nas atividades de lazer, mas como alterar esta tendência?
Especialistas apontam ao The Guardian a crescente concorrência de entretenimento — redes sociais, televisão, podcasts — e a tendência para o multitasking como fatores que afastam os leitores. Mudanças na vida, como começar a trabalhar, ter filhos ou mudar de casa, também contribuem para romper rotinas de leitura.
Ainda assim, as vantagens de ler regularmente são muitas: aumenta a empatia, melhora capacidades cognitivas e sociais, reduz o stress e ajuda a preservar a saúde mental ao longo da vida. Também pode ser uma forma eficaz de abrandar e descansar, especialmente antes de dormir.
E para aqueles que sempre leram, às vezes entram em bloqueios de leitura porque tentam obrigar-se a ler livros “certos” ou mais sérios, em vez de escolherem aquilo que realmente lhes dá prazer.
Para recuperar o hábito, os especialistas sugerem experimentar géneros diferentes, não insistir em livros que não cativam, começar com leituras mais curtas, usar qualquer formato — físico, digital ou audiolivros — e envolver-se em atividades sociais como clubes de leitura. Criar um ritual diário, mesmo que de apenas dez minutos, pode ajudar a reconstruir uma rotina. No fim de contas, a leitura deve ser fonte de alegria, não de obrigação.
Também ao 24notícias especialistas referem de forma clara que nunca é tarde para recuperar o gosto pela leitura. Bastam dez minutos por dia para reativar a ligação com os livros e treinar a concentração. Para reforçar esse hábito, defendem medidas como o acesso facilitado a livros, a redução do preço através de políticas fiscais e a criação de espaços de leitura acessíveis e atrativos. Ler não é apenas descodificar palavras, é exercitar o cérebro e fomentar o pensamento crítico.
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