
"Acha que o pretendiam colocar nesse posto para o afastar da corrida ao Palácio de Belém?". A pergunta é feita por Gustavo Sampaio, jornalista, director do site Polígrafo e também autor do livro "Henrique Gouveia e Melo ― Um Retrato Biográfico" que chega às livrarias na próxima quarta-feira, 8 de outubro.
Pergunta à qual Gouveia e Melo responde: "Tenho quase a certeza absoluta disso. Por isso é que eu achei que as razões não eram as melhores e, portanto, abandonei logo essa ideia".
Em causa está a oferta do cargo de chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas, proposta que Gouveia e Melo acredita ter sido feita com o objetivo de travar a sua candidatura às eleições presidenciais.
O livro recorda uma notícia do semanário Expresso de 27 de setembro de 2024 - "Presidente aposta na recondução do almirante à frente da Armada" - que dava conta do interesse Marcelo Rebelo de Sousa em "fazer tudo o que estiver ao seu alcance" para evitar que o militar fosse candidato.
"Quem me conhece sabe que, quando me empurram, eu me torno mais rijo. A minha mãe costumava dizer: ´Com amor e carinho, eu vou a qualquer sítio; a empurrar, nem um milímetro'", relata na biografia.
A biografia a lançar esta semana tem uma frase de destaque da autoria do biografado em que se pode ler: "Os submarinistas que me conheceram, se falar com eles, podem criticar-me o feitio... por vezes sou muito exigente. Mas se lhes perguntasse com quem é que iriam para a guerra, pode ter a certeza de que iriam todos comigo".
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