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O início dos protestos surgiu depois de 44 pessoas terem sido detidas no dia 6 de junho por agentes federais de imigração.
Estas rusgas visam cumprir a promessa de Trump na altura das eleições, quando prometeu deportações em massa. No início do mês, Trump introduziu várias alterações no funcionamento do Serviço de Imigração e Alfândegas, com o propósito das deportações, sendo que o objetivo do governo eram três mil detenções por dia.
Vários movimentos defensores dos imigrantes divulgaram mensagens pelas redes sociais, revelando a operação em curso, o que levou a que grande parte da população de Los Angeles, que defendem os imigrantes, tenham vindo para as ruas em protestos.
As próprias autoridades de Los Angeles, nomeadamente a autarca Karen Bass, revelaram a sua indignação perante a atitude do governo de Donald Trump, falando em "táticas intoleráveis", como por exemplo o envio de militares para esta operação.
Donald Trump, contudo, não se revelou preocupado com as palavras das autoridades, acusando-as mesmo de não terem sido capazes de lidar com as manifestações, comparando também com o que fizeram com os grandes incêndios que atingiram a cidade em janeiro.
Três semanas depois a situação está mais calma, mas os militares continuam em peso em Los Angeles: 4000 elementos da guarda nacional e 700 fuzileiros.
"Infelizmente, os soldados (da Guarda Nacional) e os fuzileiros navais continuam a ser necessários no contexto atual, porque receamos que a situação possa degenerar novamente", disse o vice-presidente JD Vance, congratulando-se com o facto de um tribunal federal de recurso ter validado na véspera o destacamento da Guarda Nacional. Isso mostra que o envio de tropas "foi inteiramente legítimo e apropriado".
Donald Trump "voltará a fazê-lo, se for necessário", avisou. A afirmação pode ser lida no contexto das novas operações anti-imigrantes lançadas pela Administração norte-americana noutras cidades democratas, como Chicago e Nova Iorque.
No terreno, estes soldados estão a ser utilizados para proteger os edifícios federais, bem como os agentes da polícia de imigração (ICE, Immigration and Customs Enforcement).
Donald Trump fez da luta contra a imigração a sua principal prioridade desde que regressou ao poder e prometeu deportar milhões de imigrantes ilegais, mas tem enfrentado não apenas a oposição, política e nos tribunais, de vários estados democratas como de vários setores da economia que necessitam crucialmente da mão-de-obra imigrante.
Com efeito, na semana passada, Trump reconheceu que uma política de imigração "muito agressiva" está a afetar os setores da agricultura, da hotelaria e do entretenimento, e anunciou que haveria "mudanças", sem fornecer mais pormenores.
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