As redes sociais trouxeram um avanço enorme na aproximação das pessoas e isso é extraordinário, mas as teorias da conspiração, que sempre alimentaram o imaginário de muita gente, ganhou espaço para a sua propagação à velocidade de um simples post.
Há traços no discurso - e agora já na prática - de Donald Trump, empossado Presidente da América na passada sexta-feira que evocam tempos e ideias de que a humanidade não guarda boa memória, pelo contrário. Os tempos são outros? São. Mas desde quando é que a história não se repete em novas versões?
Tanta gente anda a falar de devolver o poder ao povo. Donald Trump proclamou, na tomada de posse, que não estava a transferir o poder de uma administração para outra, mas de Washington para o povo. Horas depois, numa cimeira da ultradireita europeia, Marine Le Pen falava de devolver a palavra ao pov
Há várias coisas que me fazem feliz e escrever é uma delas. Sim, sou daquele tipo absurdo de pessoa que não se importa se os outros gostam ou não. Que não se preocupa com as opiniões mas que está sempre a tentar escrever melhor. Longe da perfeição vou escrevendo, divertindo-me a maior parte do tempo
Na véspera de tomar posse o mais odiado de todos os Presidentes democraticamente eleitos do Mundo, o que apetece dizer? Que odiar Donald Trump, dentro e fora dos Estados Unidos da América, não o impediu de ganhar uma eleição? Que estão certos aqueles que aproveitam o momento para questionar o regime
Nunca mais é Dezembro, esse longínquo e maravilhoso mês quando a sigla TSU já andar esquecida e não estiver a concurso para palavra do ano. Nem tampouco singrarão “caranguejola” ou “traquitana” (estou a avançar palavras possíveis para designar esta inusitada coligação entre PSD, PCP e BE. Leram aqui
Ponto prévio: sou do Sporting desde que me lembro. Sou sócio há quase 20 anos e uma mão não chega para contar os anos em que tive lugar cativo no estádio. Depois de ver o meu clube de sempre perder contra o digno Desportivo de Chaves nos quartos de final da Taça de Portugal, há algo que não me sai d
A Europa habituou-se nos últimos anos a ter um aliado na presidência dos EUA. Obama entendeu que a Europa unida é melhor para todos, interveio para manter a Grécia na União, tentou mostrar aos britânicos que o Brexit é uma escolha adversa, apoiou Merkel no bom acolhimento aos refugiados. Com Trump,
Do “monstro informativo” ao “jornalismo de enlatados”, até à falta de tempo para pensar, ao problema da autoregulação, ao divórcio entre jornalistas e as suas direções, à insustentabilidade do negócio, à precariedade, ao medo, à desigualdade de género… assim vai o estado de alma do setor. Há também
A nossa luta é a da negação do frio. O português continua convencido de que um único aquecedor Efacec de 1983 trará aconchego à sua casa de 100m2 e, confrontado com a infelicidade de possuir uma lareira, procura arranjar as desculpas mais criativas para não ter o trabalho de a acender.
Vou acompanhando, online, o essencial do Congresso dos Jornalistas, e mantenho o que me levou a nem sequer tentar participar no evento - e teria de tentar muito, porque a Comissão Organizadora deixou de fora todos os que, nos últimos anos, deixaram de ter Carteira Profissional…
Passados estes dias em que tudo foi dito, revisto, recuperado, lembrado, a respeito de Mário Soares, a grande lição que temos de tirar é aquela que os historiadores passam a vida a sublinhar e nós, comuns espectadores dos dias que passam, ignoramos olimpicamente: quando queremos ser justos com a His
Há 167 dias, mais de três meses, que o Presidente Eleito dos EUA não dava uma conferência de imprensa. De facto, desde a sua surpreendente vitória ainda não tinha reunido os jornalistas para partilhar ideias e responder a perguntas. Deu algumas entrevistas e diariamente twitava os seus pensamentos,
O último discurso de Barack Obama enquanto presidente dos Estados Unidos da América, proferido há 24 horas, parece mostrar um outro país e não aquele que ficou órfão de sensatez nas mãos de Donald Trump.
O ano novo ainda só tem dez dias e já está a levar-nos tanta gente que faz falta, para além do mais, pelo pensamento inspirador. Dois dias depois de Mário Soares, também Zygmunt Bauman, o professor insaciavelmente curioso que soube como poucos dar-nos a entender o mundo actual que vivemos, em que as
Recordo com saudade aquele célebre debate entre Mário Soares e Álvaro Cunhal, (lembro-me que me deixaram ficar a jogar master-mind até mais tarde) no dia seguinte, na Escola Eugénio dos Santos fui para a rua em todas as aulas, porque sempre que um professor dizia alguma coisa, eu dizia –“olhe que nã
Para entenderes o teu país e o mundo de hoje importa saber de onde vens, como é que chegámos aqui. Porque o mundo está cheio de comentários superficiais com muitas pessoas a pontificar sobre o que não sabem.
Foi sempre senhor de ter coragem, de dizer o que pensava, de fazer o que queria e de chamar as coisas pelos nomes. Enganou-se várias vezes e, na maioria das vezes, admitiu-o, sem pesar. “Olhe que …”. A excepção terá sido os ataques pessoais feitos a Francisco Sá Carneiro e Snu Abecassis, “um peso qu
Não faltará quem faça a biografia de Mário Soares, como não haverá falta dos comentários de ódio e veneração. Indiferença, ninguém sentirá. Figura maior do que a pessoa, é incontornável, não pela opinião que se possa ter sobre ele, mas pelo papel que tem na História de Portugal.