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“Não podemos deixar de testemunhar o ativismo permanente do Conselho da Diáspora e o apoio da Presidência da República, que não depende dos presidentes. A Diáspora foi uma ideia, há que louvá-lo, do Presidente Cavaco Silva, excecional, e eu limitei-me a dar sequência. Tenho a certeza que o meu sucessor dará sequência a essa sequência”, afirmou o chefe de Estado.

O Conselho da Diáspora Portuguesa é associação privada sem fins lucrativos constituída em 2012, com o alto patrocínio do anterior Presidente da República, Cavaco Silva, destinada a institucionalizar uma rede de contactos entre portugueses e lusodescendentes residentes no estrangeiro com posições de destaque.

Na sua intervenção, Marcelo Rebelo de Sousa fez outra referência a quem lhe irá suceder, na sequência das eleições presidenciais marcadas para 18 de janeiro, dando conta de que, “na transição de presidências”, vão estar em Portugal membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas, “para conhecerem Portugal e conhecerem o Presidente que sai e o Presidente que entra”.

A propósito do tema desta segunda edição do Fórum Euro-Américas, “Longevidade: Motor de oportunidades globais —Um Fórum para Europa e as Américas”, o Presidente da República defendeu que “é preciso abrir novos ciclos, novas portas, novos pontos, novos caminhos comuns”, com “abertura para todos” os continentes.

“Perguntarão uns: mas como é que é possível continuar a fazer tudo isto, se o tempo parece ser de indefinição, de divisão, de confrontos efetivos ou potenciais, de envelhecimentos em sistemas europeus, de novas ondas radicais adversas por vários lados? A resposta também aqui é direta e simples: depois de tempos, tempos vêm”, declarou.

Relativizando a conjuntura atual, o chefe de Estado comentou que “não há nada como estar a caminho de 77 anos” e ter vivido uma ditadura e uma revolução para perceber que “não há fim da História”, que “as conjunturas são conjunturas” e que “as pessoas, mesmo as mais decisivas, não são deuses”.

“Os povos, mesmo os que mais parecem mudar de humores perante o novo, o diferente, o exigente, são sempre mais realistas e resilientes do que tantos pensam. Com imaginação e com determinação, gente mais nova, e essa é por definição sempre a mais aberta à mudança, vai traçar novos caminhos para o futuro”, acrescentou.

No plano global, Marcelo rebelo de Sousa considerou que está a emergir um “G2” composto por Estados Unidos da América e China, por vezes “G2+1”, incluindo transitoriamente a Rússia, mas que isso “não apaga o resto do mundo”, incluindo “a União Europeia, por enormes que sejam, e são, as suas fraquezas e os seus desafios de hoje”.

“Pode haver um duopólio, um duopólio e meio, que estas realidades não estão paradas. Tal como esse duopólio não apaga o crescendo de relações económicas, financeiras, culturais, políticas e institucionais, nem apaga a relação entre povos”, sustentou.

Marcelo Rebelo de Sousa deu os parabéns a Durão Barroso, que preside à Mesa da Assembleia Geral do Conselho da Diáspora Portuguesa, e a António Calçada de Sá, presidente da direção desta associação, a quem afirmou: “A luta continua”.

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