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Com o título “Pela reposição do acesso às publicações científicas e técnico-científicas do OM - mais conhecimento, melhores decisões (em prol de uma ciência cidadã)”, os signatários manifestam a sua “profunda preocupação em relação à remoção da coleção dos estudos publicados online” pela organização.
“A comunidade académica, em particular os/as investigadores/as na área de estudos migratórios, lamenta profundamente a perda do acesso a este acervo digital”, porque a “ciência progride através da construção sobre o conhecimento já existente”.
“Na verdade, a prática de remover trabalhos já publicados, em vez de promover o debate e a critica construtiva, dificulta o desenvolvimento do conhecimento e prejudica a transparência da pesquisa”, referem os subscritores.
Entre os signatários está a anterior diretora científica da OM a par de uma centena de investigadores de três dezenas de instituições científicas e académicas, e uma dezena de organizações não-governamentais.
Para os autores, “a remoção desses estudos, que fornecem muitos elementos factuais e sólidos análises que ajudaram a sustentar as políticas de integração de imigrantes pelas quais Portugal foi felicitado e reconhecido internacionalmente até há poucos anos, significa a perda de um adquirido inspirador para boas práticas”.
A consulta desses estudos permite fazer uma avaliação histórica do fenómeno migratório, “ajuda a trilhar caminhos de respeito pela diversidade e pela co-construção de interações positivas entre todas as pessoas a viver em Portugal, nacionais e estrangeiros, num momento em que tudo isto está particularmente ameaçado, podendo mesmo colocar em causa a coesão social”, pode ainda ler-se.
“Solicitamos, portanto, que considerem a restauração completa da coleção dos estudos do OM”, sustentam ainda os subscritores.
A agência Lusa contactou a AIMA, que tutela o OM, que remeteu uma resposta à carta aberta para mais tarde.
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