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“O sonho do jaguar”, do escritor franco-venezuelano Miguel Bonnefoy, que além de ter arrecadado o Grande Prémio de Romance da Academia Francesa e o Prémio Femina, foi finalista do Prémio Médicis, do Prémio Renaudot e do Prémio Jean Giono, no ano passado, vai ser publicado em Portugal pela Dom Quixote, no dia 22.

Trata-se de uma saga familiar passada em três países - França, Chile e Venezuela -, que se entrelaça com a história daquele país sul-americano, e que é inspirada pelos antepassados do autor.

A história começa com o abandono de um bebé recém-nascido nos degraus de uma igreja, que é acolhido por uma indigente e que, com apenas um ano de idade, já mendiga.

Criado na pobreza, este órfão passará por todo o tipo de trabalhos antes de se tornar um dos cirurgiões mais ilustres do seu país. O enredo conta a história de uma família, mas também de um país e do século XX.

Do autor está publicado em Portugal apenas o romance “Uma herança”, pela editora ASA, que fora já finalista dos prémios Goncourt, Femina e do Grande Prémio da Academia Francesa.

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Miguel Bonnefoy nasceu em França, cresceu na Venezuela e em Portugal, onde estudou no Liceu Francês, e vive em Berlim, sendo filho de uma venezuelana, adida cultural da Embaixada da Venezuela em Paris, e de um chileno, romancista e refugiado político da ditadura de Pinochet.

Outra novidade da Dom Quixote é a publicação, no dia 15, de um livro de contos de João de Melo, “A nuvem no olhar”, uma 'autoantologia' de dez ficções curtas, duas delas inéditas, no ano em que se assinalam os 50 anos da carreira literária do escritor açoriano.

As dez histórias propõem diversas abordagens de cariz social, que além de exporem críticas a usos e costumes, refletem sobre as ideologias e mentalidades que lhes estão subjacentes, apresentando relações intrafamiliares, caricaturas de políticos, quadros do quotidiano docente e da intelectualidade em geral, ou a simples história da viagem de um casal, em lua-de-mel, às nove ilhas açorianas, descreve a editora.

Ainda na mesma chancela, serão publicados dois policiais: “No centro do circulo”, primeiro volume de uma nova série do escritor sueco Arne Dahl, considerado um dos mais relevantes dentro do género; e “A ilha mortal”, de Samuel Bjørk, pseudónimo do romancista norueguês Frode Sander Øien, autor de peças de teatro, cantor e compositor.

O grupo Penguin Random House vai lançar na chancela Cavalo de Ferro uma “iniciativa editorial inédita em Portugal”, que consiste na compilação da totalidade dos contos de Julio Cortázar em dois únicos volumes, cujo primeiro, que abarca o período de 1945 a 1966, será publicado no dia 07.

Outras novidades em destaque são a publicação do romance de estreia de Colleen Hoover, “Ao ritmo de um poema”, e da estreia de Diana Ganhão, com um romance ‘young adult queer’, intitulado “Onde o tempo para”.

A Tinta-da-China lança no dia 03 “Querido pai. Uma conversa entre ausentes – Cartas da guerra 1961-1975”, de Ana Vargas e Joana Pontes, que reúne a correspondência entre pais mobilizados e os seus filhos menores durante a guerra colonial.

“A Reinvenção da Masculinidade”, de Josep M. Armengol, desconstrução do género e das masculinidades, no século XXI, “Que Faremos com José Saramago?”, de Carlos Nogueira e José Vieira, um novo volume da série dedicada ao escritor português, sobre o seu lugar na literatura universal, “Novos Escritos sobre Educação”, nova antologia de textos de Sérgio Niza, fundador do Movimento da Escola Moderna, e “A Escrita do Outro”, de José Vieira, sobre a história da heteronímia na literatura portuguesa além do fenómeno pessoano, são outras novidades da editora.

Duas publicações em destaque na Relógio d’Água: “Abraço”, da poeta e romancista canadiana Anne Michaels, romance épico vencedor do Giller Prize 2024 e finalista do Booker 2023, que vai de 1902 a 2025, atravessando várias gerações de vários membros de uma família; e “Jacarandá”, livro que venceu o Prémio Renaudot e o Choix Goncourt du Portugal 2024, do escritor franco-ruandês Gaël Faye, que aos 13 anos fugiu do seu país natal rumo a França, acompanhado pela irmã.

A mesma editora publicará “Trabalho de uma vida: Como nos tornamos mães”, o primeiro livro de não-ficção de Rachel Cusk publicado em Portugal, que aborda as mudanças trazidas pela maternidade, bem como um romance de Edith Wharton, autora de “A idade da inocência”, nunca antes editado em Portugal: “Os costumes do país”, uma tragicomédia de costumes, de 1913, em torno de uma rapariga do Midwest que tenta ascender na sociedade nova-iorquina.

Outra novidade da Relógio d’Água é a publicação de “A Fórmula Preferida do Professor”, um novo romance da japonesa Yoko Ogawa, autora de “A polícia da memória”, que agora conta uma história ambientada no Japão moderno, em torno de um professor de matemática que sofreu uma lesão cerebral num acidente e passa a só conseguir reter novas memórias por 80 minutos.

Embora sejam histórias distintas, estes seus dois romances exploram a memória: num, a perda da memória individual; no outro, a perda da memória coletiva, por força da manipulação de um regime autoritário que faz com que as pessoas esqueçam objetos e conceitos

A chancela Minotauro, do grupo Almedina, apresenta um novo romance de uma das escritoras portuguesas contemporâneas, Gabriela Relvas, intitulado “A Confissão da Defunta”, que chega às livrarias no dia 03, com um enredo não-linear e psicológico, que salta do Purgatório para a Terra e da Terra para o Purgatório, acompanhando uma mulher e todas as personagens que contribuíram direta ou indiretamente para a sua morte.

A novidade deste mês da Antígona será “Peregrinação em Tinker Creek”, de Annie Dillard, de quem a editora já publicou “Ensinar uma pedra a falar”.

O mês de julho traz também “Montaigne ou a vida escrita”, de Eduardo Lourenço, “um livro precioso que traz aos leitores, pela primeira vez em português, um dos textos mais luminosos sobre Montaigne e a invenção da literatura”, indica a editora Gradiva.

O livro foi traduzido e é prefaciado por Guilherme d’Oliveira Martins.

Na mesma editora serão ainda publicados “D. João VI e a desgraçada família”, livro póstumo de José António Saraiva, “O céu é o máximo”, do astrónomo Máximo Ferreira, na coleção Ciência Aberta, e “Escavar o passado – uma breve história da arqueologia”, a estreia nos livros do jovem arqueólogo Pedro Correia Silva.

“Sempre mais além”, de Jorge Ventura, uma narrativa de viagens e aventuras de um velejador, “Breve História da Gestapo”, da investigadora Sharon Vilches, e “História do protestantismo”, de Jean Baubérot, são propostas da Guerra e Paz.

A Porto Editora aposta em “Uma vida fora de moda”, de António Sousa Homem, “O expresso de Paris”, de Emma Donoghue, e “Vento nos olhos”, de Jacinto Lucas Pires, enquanto a Quetzal publicará “História do silêncio”, de Alain Corbin, “Estremecimento”, de Teju Cole, e “A casa das portas”, de Tan Twan Eng.

Na Editorial Presença surgirão “A papelaria Tsubaki”, uma história do amor pela escrita, do japonês Ito Ogawa, “Na sombra do teu nome”, de Jodi Picoult, e “O cão que seguia as estrelas”, de Anna Sólyom, inspirado na história verídica de um collie escocês que percorreu mais de 4.500 quilómetros nos EUA, para regressar a casa.