A editora Babel retirou os livros de Agustina Bessa-Luís do mercado. A editora, cujo rosto é Paulo Teixeira Pinto, diz que a autora não vende o suficiente para continuar a ter um contrato com um fee fixo. Diz que está em negociações com a família. A filha da escritora nega que tais negociações exist
Quando Pedro Passos Coelho confirmou o nome de Teresa Leal Coelho para a candidatura do PSD à Presidência da Câmara Municipal de Lisboa, garantiu uma série de premissas que podiam estar a escapar aos analistas: que Fernando Medina ganhou a “passadeira vermelha” para mais um mandato; que Assunção Cri
“Roll over Beethoven and tell Tchaikovsky the news” é um refrão, é a frase mais rock ‘n’ roll de sempre e é, talvez, a maior profecia que alguma vez se acompanhou à guitarra eléctrica. “Roll over” – uma ordem que simultaneamente significa “afasta-te para dar lugar” e “dá voltas na campa”. “Vai-te em
Qualquer de nós pode ter um mau dia. Este Jeroen Dijsselbloem tem um problema, acumula dias maus. Já todos sabemos o que comentou em entrevista ao Frankfurter Allgemeine: Vê os países da Europa do Sul como esbanjadores em copos e mulheres. Jeroen Dijsselbloem é ainda ministro da Economia da Holanda
A Europa aparece-nos hoje como uma entidade confusa, vaga, com a alma sequestrada. Vale lembrar relatos mais antigos. Na mitologia grega, Europa era filha de Agenor, rei da Fenícia, e foi raptada por Zeus que a levou para Creta, para que Hera, a muito ciumenta mulher, não ficasse a saber. Ovídio, no
Este artigo não é sobre política ou moda. É sobre as ideias preconcebidas, estereótipos e percepções que a roupa que vestimos produz. Também não é sobre partidos políticos, mulheres na política ou candidatos a posições políticas. É sobre mulheres e homens, o que vestem e o que pensamos sobre as suas
Vocês não levem a mal mas eu tenho dificuldade em perceber a juventude. Confesso que nunca tive jeito para lidar com adolescentes, principalmente quando era adolescente. Uma das piores características de ser jovem é a moda. Acreditem. Eu também já fui jovem e julgava que estava com pinta quando saía
Esta semana veio lembrar-nos que não estamos livres de entrar em guerra com a Letónia — nem de encontrar um bom livro ao ler um texto qualquer na Internet.
O poder feminino (não confundir com supremacia) e a igualdade de género não são só importantes, são urgentes. É urgente que entre género as oportunidades de carreira sejam iguais, os salários sejam iguais, o trato seja igual.
Não temos de amar todas as pessoas, temos de fazer escolhas e mesmo que alguns puristas possam dizer que, pelo amor à Literatura, temos de separar as obras das vivências dos autores, para mim é muito simples: já não tenho idade para isso.
A entrevista que o Dr. Pedro Santana Lopes deu à "TSF" e ao “Diário de Notícias”, no fim de semana passado, tem momentos hilariantes – ou de chorar, conforme queiramos olhar a política “à portuguesa” -, mas é tudo menos insignificante (junta com a de Assunção Cristas ao “Público”), para perceber o q
A Holanda premiou a direita conservadora, tirou ambições à extrema direita de Wilders, mas também tirou o tapete aos trabalhistas. Na Esquerda, apenas os Verdes tiveram um resultado assinalável. O que é que isto diz sobre as eleições em França é a grande pergunta.
O segundo vídeo de campanha da candidata presidencial Marine Le Pen é perigosamente eficaz, é perigosamente aliciante para quem, afinal, parece dizer que apenas quer ter os seus direitos garantidos.
“Português indignado” são sinónimos ou uma redundância? É lugar-comum ou é comum estar-se neste lugar? É da nossa natureza sermos indignados, ou é a natureza das coisas que assim, inevitavelmente, nos torna.
Ninguém na Europa estaria a ligar às eleições desta quarta-feira na próspera, pacífica e tradicionalmente libertária Holanda e a ficar nervoso à espera dos resultados se não fosse esta personagem com cabeleira que faz lembrar os compositores clássicos do século XVIII: Geert Wilders. A única conhecid
A espera terminou! Parem o que estão a fazer, destruam as provas e liguem a um amigo que vos empreste 23 milhões de euros. Depois de uma delonga quase impossível de suportar, a quarta temporada de “Operação Marquês” está prestes a estrear. A aclamada série dramática está a chegar a um clímax e os fã
Ontem por diversas razões passei por uma série de sítios de Lisboa que foram alvo das obras malditas. Essas mesmo, as obras que foram o maior pesadelo de sempre na vida dos lisboetas, logo atrás do terramoto de 1755 e do pic-nic com o Tony Carreira.
Sempre que se fala da pós-verdade, que mais não é do que a vontade de tornar factual o que é mentira, e se exibem as “notícias” inventadas por Donald Trump e a sua claque, tenho tendência a recuar no tempo e recordar que, no Liceu, umas das raras lições que me ficou da matemática (a que era péssimo
Não há um dia internacional da mulher mais especial do que outro mas, este ano, encontrei uma forma de o tornar diferente. Já escrevi e usei as mais diferentes abordagens para dizer sempre o mesmo: que não sou pela institucionalização de nada e que é uma pena que ainda tenhamos um dia para lembrar o
Não é altura de falar sobre os Oscar porque a poeira já assentou. O glitter já assentou. A vergonha alheia já migrou para qualquer outro escândalo mediático. Mas a verdade é que as grandes reacções à cerimónia de 2017 não são aquelas que, durante 3 ou 4 dias, abalaram os meios de comunicação. A gran
É. A existência do Dia da Mulher é ridícula e a culpa, como é evidente, é do homem. Se o mundo fosse um lugar normal, não teria sequer que haver o Dia da Mulher. Não devia ser preciso haver um dia para celebrar uma das coisas mais óbvias da condição humana: a igualdade.