O Papa em Portugal, o Benfica campeão e o Salvador a poder salvar o que até há uns meses achávamos do festival da canção. Não é fado, mas Salazar estará certamente a rejubilar com tão grandioso sábado. Este sim, devia ser o Dia de Portugal.
Para quem viveu a ditadura de Salazar, qualquer alusão aos três F's dispensa contextualização e é sempre (supostamente) mal utilizada porque, dizem, hoje é tudo muito diferente. Só que não é. Efectivamente, não há grande semelhanças entre este e aquele tempo, o tempo da outra senhora, como também já
Se a vida te dá limões, faz limonada. Pode parecer uma banalidade, mas serviu para dizer a uma amiga que tinha de andar para a frente. Acrescentei que o açúcar é o amor que tem à sua volta. Porque tem amor na sua vida e tomou sempre decisões em prol da família.
Fátima, Futebol e Fado. Três efes que ganharam vida, dizem, com o Estado Novo. Hoje Portugal é outro. E este fim-de-semana promete acrescentar aos três conhecidos F’s outros “irmãos gémeos”. “F” de festa, fezada, Fé, Festival da Canção, que prometem animar o Facebook. É este o novo fado de um país q
Não sei forjar assinaturas — exceptuando a minha própria (sempre com ar falsificado quando me colocam a pressão de escrevê-la “como no B.I.”) — mas sou mestre a forjar indignações. Este parágrafo é o duma indignação forjada, uma irritação fácil de desmascarar. Digo-me indignado com a atenção recente
Faz lembrar aquela anedota sinistra sobre o amor: "Então, mas você ama-a por amor, ou por interesse?" /
"Olhe, amigo, deve ser por amor, que ela interesse não tem algum...". Assim olho eu, de forma simplória, para as eleições francesas, agora que “respirámos de alívio” porque, por uma vez, as sondag
Atarantados entre o Festival da Canção, as eleições francesas, o Benfica e a Coreia do Norte, poucos neurónios temos usado para acompanhar o que se passa nos Estados Unidos. Mas a situação em Washington está ao rubro.
A percepção é determinante. Bento XVI apareceu-nos sempre como um velho professor, fechado, austero na sua cátedra. As suas palavras como Papa exprimem pensamento que se traduz em lições e doutrina. Como se estivesse sempre a falar para audiências qualificadas. O Papa Francisco nunca se põe na cáted
Le Pen quis apresentar Macron como filho político de Hollande. A noite do triunfo de Macron evidencia que a ascendência mais assumida é a de Mitterand. Ficou marcada nos gestos: a longa caminhada solitária de Macron, ao som do hino à Alegria de Beethoven, símbolo da Europa, na esplanada do Louvre at
Portugal é um país de poetas, poetas que não têm lugar no Tinder. Ou melhor, há portugueses e portuguesas que recorrem ao Tinder com sucesso, a quem os matches se sucedem copiosamente e há também poetas que o fazem com êxito, mas conceptualmente o português poeta não encaixa na linguagem Tinder.
Pronto, Le Pen não será Presidente. A União Europeia e a França podem suspirar de alívio. Para a UE, a questão está resolvida até 2022; Macron disse que quer mudar alguns pormenores da letra e da forma da União, mas espera-se uma vidinha sem sobressaltos. Os franceses não podem contar com a mesma tr
Há 31 anos menos três dias, 10 de maio de 1981, François Mitterand recebeu 51,7% dos votos, destronou Giscard e pôs a esquerda no poder em França. Abriu uma década de vaga socialista na Europa. O noticiário da rádio, às seis da tarde desse domingo de maio de 81, fez uma pausa de segundos até que nos
Ah, sim, confesso. Não me batam, por favor. Mas vi o debate eleitoral entre Le Pen e Macron. Foi uma tentação irresistível. Aqui fica o que vi em sete palavras.
Quantas vezes bate o coração de uma mãe. A que ritmo. Com que pausas. Quantas vezes se encolhe e se expande. Todas as vezes, as vezes todas. Somos várias mães ao longo da vida mas eles são sempre os nossos filhos.
Acho simpático da tua parte partilhares no Facebook tudo o que diz respeito ao meu trabalho, mas comentares com aquele cãozinho a rir já é demais. Usa antes um “lol” como fazes de vez em quando para pareceres jovem rebelde. Acho mais graça.
Há um país assim, com pessoas que trabalham e não são pagas, serviços retribuídos com um sorriso ou agradecimento simpático. Chamam-lhe palmadinha nas costas. Uns vivem dos favores dos outros que aguardam a sua vez de cobrar. Normalmente esperam. E desesperam. Curiosamente, nesse país, os bens de pr
Há melhor do que haver quem nos deixe a pensar, num tempo em que nos desculpamos, por tudo e por nada, com a falta de momentos para “parar e pensar”? Gosto de ler alguns dos escritores, jornalistas e ensaístas que pontuam a revista de domingo do jornal “El Pais”. As crónicas são quase sempre boas re
Não sei se os blogues ainda são relevantes, ou se foram mortos pelo Facebook (da mesma forma que o video matou a radio star, como na canção dos Buggles), mas lembro-me que há uma década ainda eram “a cena”. Fui um blogger desconhecido, embora com o pé dentro dum círculo nobre de blogadores, alguns q
A startup da política criada há um ano por Emmanuel Macron está, agora, a chegar à fase em que se vai ver se tem ou não energia para liderar a mudança em curso na paisagem política francesa. É a partir de agora que se vai perceber se Macron tem ou não estatura para aparecer como um novo imperador na
Há um ano, os meus filhos chegaram àquela idade em que queriam ter um animal de estimação. No início, começaram por pedir um cão ou um gato. Gatos estava fora de questão porque eu tenho a teoria que pessoas que gostam muito de gatos gostam pouco de pessoas. Também não consigo ter um cão porque já ti
Sim, eu sei, não houve nenhum holocausto nuclear. Mas a verdade é que, no dia em que o mundo explodir em mil cogumelos radioactivos, não poderei escrever esta crónica — estarei de férias — ou então, o que é mais provável, morto. Por isso, adianto-me e deixo aqui sete palavras sobre o fim.
A meio da primeira semana para a segunda volta das eleições francesas, Amiens foi o palco perfeito para a nova disposição do xadrez. Le Pen abraçou trabalhadores à beira do desemprego, Macron reuniu-se com patrões e sindicatos. E para aqueles que acham impensável que alguma esquerda venha a votar Le
Li por estes dias “O Imenso Adeus”, de Raymond Chandler, um dos clássicos que tinha falhado, e para o qual a reedição da colecção “Vampiro” (renovada e recriada...), me acordou. Em boa hora e por menos de dez euros...