Há exactamente um ano estava em Manchester. Decidira, à última hora, festejar os 52 anos com o meu filho, que estuda na Universidade local, e por lá andei, numa cidade “cool” e muito acolhedora, onde se encontra tudo o que nos fascina em Londres, mas em dose moderada: a vantagem da dimensão ajuda qu
Proponho o seguinte exercício: fechem os olhos e imaginem que o Brad Pitt está aí à vossa frente em tronco nu. Não se apoquentem que não há um pingo de perversão nisto que sugiro, e o objectivo até é, digamos que, científico. A segunda parte desta experiência passa por pensarmos noutro galã cinquent
1. Depois do Bataclan de Paris, do Pulse de Orlando, agora a Arena de Manchester, outra vez uma sala de espetáculos no alvo da crueldade terrorista. Desta vez, a barbárie teve na linha de mira adolescentes, jovens adultos e pais que tinham ido buscar os filhos que estavam entre as 18 mil pessoas com
Temos medo. Podemos dizer que não temos, podemos tentar racionalizar, mas é um facto que o século XXI é o século do medo. Pelo menos até agora. Pode ser que mude, porém não vejo sinais de qualquer mudança, sinto apenas a escalada do medo.
É o seguinte: segundo um estudo realizado por mim, a partir de um sem-número de entrevistas realizadas a vozes da minha própria cabeça, Lisboa foi considerada — sem margem para dúvidas — a pior cidade da Europa. Apesar da feroz competição de Tirana e Amarante (escolhido ao calhas, escusam de vir com
Já me aconteceu dizer algo como «gosto muito de ir ao Porto» — e ter logo alguém a disparar: «ah, sim, mas Lisboa é que é». Ora, note-se, dizer «gosto muito de ir ao Porto» é uma frase onde não entra Lisboa nem de raspão.
Antes de mais, queria pedir-vos desculpa precisamente por esta crónica não ser sobre o Salvador Sobral. Eu também concordo que ele é incrível, mas há mais mundo.
Os norte-americanos querem retirar-se da Ásia e do controle planetário – uma oportunidade para a China, que caminha inexoravelmente para se tornar a maior potência mundial.
O tempo não estica. O tempo parece cada vez mais curto. O tempo é o mesmo mas gastamos cada vez mais em frente a um ecrã. Precisamos de sair da internet. Para ter vida e nessa vida ter também tempo para ler.
Há pontarias tramadas. Decidi que este era o melhor momento – talvez o único, neste ano cheio - para tirar uns dias a praticar aquilo que sempre cultivei, mas agora tem nome: “nesting”. Não é bem “fazer Nestum” – expressão feliz, do nosso calão, que significa exactamente “fazer nada”... - mas é usar
Vivemos tempos contraditórios. Confusos e complicados. O paradoxo está instalado e não há como escapar-lhe. São tempos de menos e mais e de apelo constante ao consumo. Da obesidade mórbida e da excessiva preocupação com a alimentação e saúde. Da liberdade para sermos, fazermos ou vestirmos o que que
O Brasil volta a ser sacudido por uma nova onda de indignação pública depois de serem divulgados vídeos em que o presidente Michel Temer autoriza um suborno. Paulo Cardoso de Almeida recua na história para recordar como nasceu o Brasil independente. Uma história paralela à de Portugal.
De que se faz a História de Portugal? Num país, ora à beira-mar plantado, ora à deriva (pelos vistos, nem para lugares-comuns há consenso) onde é que se faz História hoje em dia? É neste momento particular, de optimismo e celebrações, que me interessa saber o que é isso de andar para a frente; se sã
Por mais que apeteça celebrar com entusiasmo o triunfo de um artista peculiar, com sensibilidade em que desejamos rever-nos, como é Salvador Sobral, é um excesso que essa alegria ocupe meia hora na abertura do telejornal.
Foi o 13 de Maio mais badalado de que tenho memória. Acho que nem o original teve tanto destaque. Foi um três em um. Visita de Papa Francisco, canonização dos dois pastorinhos e o terço da Joana Vasconcelos. Os jornalistas estiveram em estado sobrenatural de histerismo durante dois dias. Na RTP fala
Escrevo esta crónica antes de saber se o Salvador ganhou a Eurovisão. Por isso falo antes daquele dia em que o Rui Costa nos ajudou a ganhar contra a França na final do Euro 2016.
É meia-noite. Acabo de trocar mensagens com a Gabriela Schaaf que a partir da Suíça me diz: "ele conquistou todos os corações!". A Gabriela foi uma das vozes que mais ouvi nos anos 80. No último festival da canção também ela foi lembrada.
As celebrações de campeonatos do Benfica são como os acidentes: a maioria dos portugueses abranda para ver. Eu não aprecio. Mas como a simpática equipa do SAPO24 me pediu que escrevesse sobre isso não quis fazer-lhes a desfeita.
O ano passado intitulei, no Prolongamento na TVI24, que o campeonato 2015/16 tinha sido o Campeonato da Comunicação. Este ano antecipo aqui no SAPO 24 que este, para mim, é o Campeonato da Psicologia. Da força da mente.
E o Benfica lá conseguiu o tetra e portanto parabéns ao Benfica. O autor de D. Quixote, o genial Cervantes, afirmou que estar preparado é metade da vitória e acredito que se aplique. Por vir embalado de três campeonatos ganhos, o Benfica estava mais preparado e acabou por ganhar o título. Ficou semp
O Benfica alcançou o tetra campeonato com toda a naturalidade, ainda que alguns céticos de tempos a tempos tivessem posto em causa a certeza dessa conquista. O que tais céticos falharam em constatar foi, pura e simplesmente, a presença de Fejsa no plantel do clube. A partir do momento em que Fejsa f
Este sábado ficou na história do Benfica. Ganhar quatro vezes consecutivas o campeonato nacional, o “Tetra”, foi seis vezes tentado por gerações notáveis do Benfica. De Eusébio a Simões, de Toni a Nené ou de Shéu a Rui Costa, nunca o Benfica foi capaz de ganhar mais de três campeonatos consecutivos