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Os dados apontam que, em 31 de dezembro de 2024, a população residente em Portugal foi estimada em 10.749,635 pessoas, mais 109.909 pessoas do que em 2023 (10.639,726 pessoas).

“O acréscimo populacional resultou de um saldo migratório de 143.641 pessoas (155.701 em 2023), que compensou o saldo natural negativo, de -33.732 (-32 596 em 2023)”, lê-se nas Estimativas da População Residente em Portugal 2024”.

Segundo o INE, estes resultados traduziram-se em taxas de crescimento efetivo, migratório e natural de 1,03%, 1,34% e -0,32%, respetivamente (1,16%, 1,47% e -0,31%, respetivamente, em 2023).

“A população residente em Portugal tem vindo a aumentar desde 2019, impulsionada pelo saldo migratório positivo, que a partir desse ano passou a compensar o saldo natural negativo”, explica o instituto.

O INE salienta que entre 2015 e 2024, com exceção de 2020 devido às restrições decorrentes da pandemia de covid-19, assistiu-se a um acréscimo do número de pessoas que entraram em Portugal para residir por um período igual ou superior a um ano (imigrantes permanentes), particularmente acentuado nos últimos três anos.

No ano passado, registaram-se 84.642 nados-vivos de mães residentes em Portugal, menos 1,2% do que em 2023 (85.699), o que contribuiu para uma redução da taxa bruta de natalidade, que passou de 8,1 nados-vivos por mil habitantes em 2023 para 7,9 em 2024.

Em consequência do decréscimo da natalidade, o número médio de filhos por mulher em idade fértil diminuiu para 1,40 filhos em 2024 (1,44 em 2023).

Neste ano, a idade média das mulheres ao nascimento de um filho (independentemente da ordem de nascimento) foi de 31,7 anos, mais 0,1 anos do que em 2023.

No que respeita ao índice de envelhecimento, que compara a população com 65 e mais anos com a população dos 0 aos 14 anos, o INE sublinha que, em 2015, por cada 100 jovens residiam em Portugal 147,6 idosos, número que aumentou para 192,4 em 2024 (188,1 em 2023).

A idade mediana da população residente em Portugal passou de 47,1 anos em 2023 para 47,3 anos em 2024.

No ano passado, os óbitos atingiram os 118.374, mais 0,1% (mais 79 óbitos) do que em 2023.

“Apesar do ligeiro aumento da mortalidade, a taxa bruta de mortalidade diminuiu de 11,2 óbitos por mil habitantes em 2023 para 11,1 em 2024”, observa o INE.

Há menos nascimentos 

O número de partos diminuiu em Portugal no ano passado para 80.059, menos 1.059 do que em 2023, após dois anos de aumento, revelou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).

O INE destacou o decréscimo verificado nos Açores (-8,7%).

“Os dados revelam que, nos últimos 20 anos, a idade das parturientes tem aumentado: a proporção de partos de mães entre os 35 e os 39 anos passou 14% para 24%”, referiu o INE no destaque hoje divulgado.

Entre 2023 e 2024, o número de partos apenas aumentou na Região Autónoma da Madeira (+2,4%), no Oeste e Vale do Tejo (+1,2%), na Grande Lisboa (+0,9%) e na Península de Setúbal (+0,1%), segundo a mesma fonte.

“Nas restantes regiões, observou-se um decréscimo que foi mais acentuado na Região Autónoma dos Açores (-8,7%), mas também no Norte (-3,5%) e no Alentejo e no Algarve (em ambos os casos, -2,4%)”, de acordo com o INE.

Do total de partos ocorridos no ano passado, 99,7% (83.772) foi de mulheres residentes no país e 0,3% (287) de residentes no estrangeiro.

Em 2024, a proporção de partos de mães de nacionalidade estrangeira foi de 26,3%, um indicador mais expressivo em municípios do Algarve e da Grande Lisboa e menos frequente nas Regiões Autónomas, no norte e centro e no interior alentejano.

“Mais de metade das mulheres eram de nacionalidade estrangeira em Aljezur (68,4%), Vila do Bispo (64,7%), Odemira (62,5%) e Albufeira (52,8%)”, lê-se no documento, em que se destaca ainda, pela proporção superior a 45%, os municípios de Pedrógão Grande (50,0%), da Amadora (48,1%), do Entroncamento (47,2%) e de Odivelas (45,5%).

Em 80% dos partos realizados em 2024, as mães tinham entre 25 e 39 anos (67.201 partos), sendo que num terço do total de partos as mulheres tinham entre 30 e 34 anos.

No mesmo ano, ocorreram 20 partos de menores com idades compreendidas entre 10 e 14 anos.

Dos 84.059 partos realizados no ano transato, 71,3% teve assistência por médico, 27,9% por enfermeira parteira. Uma percentagem de 0,8% teve assistência por enfermeira não parteira, nenhuma ou desconhecida.

De acordo com os dados disponíveis, 82.911 partos realizaram-se num estabelecimento hospitalar, 841 em casa e 307 noutro local.

“A proporção de partos distócicos (com intervenções instrumentais como o fórceps e a ventosa, ou por cesariana) realizados em hospitais tem aumentado, em particular no que respeita às cesarianas: entre 1999 e 2023, passaram de 27% para 37% dos partos realizados em hospitais”, indicou o INE.