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“Já fomos mandatados pelos trabalhadores para avançar com uma nova greve de 24 horas no dia 20 [de julho]”, disse à agência Lusa Manuel Oliveira, dirigente do Sindicato Nacional de Motoristas e Outros Trabalhadores (SNMOT).
O sindicalista adiantou que, entretanto, serão solicitadas reuniões com a ACIF - Associação Comercial e Industrial do Funchal, com a administração da empresa pública Horários do Funchal e com a Secretaria Regional de Equipamentos e Infraestruturas, que tutela o setor dos transportes terrestres.
“Se conseguirmos chegar a acordo quanto aos valores antes da data da greve, ela será desconvocada”, afirmou.
O SNMOT reivindica uma “correção da atualização salarial” em pelo menos 30,65 euros por mês e a reabertura do processo negocial para a redução do horário de trabalho para 35 horas semanais.
A data prevista para a nova greve coincide com a festa anual do PSD/Madeira, partido que suporta o executivo regional em coligação com o CDS-PP, no Chão da Lagoa, considerado o maior evento partidário na região autónoma e que envolve a realização de viagens extraordinárias de transportes públicos coletivos.
Em relação ao segundo dia da paralisação em curso, que termina às 23:59 de hoje, Manuel Oliveira indicou que “está melhor do que ontem [quarta-feira]”.
“Há uma adesão superior à do dia de ontem”, disse, sem adiantar números concretos.
A paralisação abrange as três companhias de transporte público coletivo da região, nomeadamente a empresa pública Horários do Funchal, que emprega cerca de 350 profissionais, e as privadas Rodoeste (80 motoristas) e CAM – Companhia de Automóveis da Madeira (cerca de 60).
Já a Secretaria Regional de Equipamentos e Infraestruturas indicou à Lusa que, ao nível dos serviços mínimos, dos 64 motoristas escalados na Horários do Funchal na quarta-feira, 40 compareceram ao serviço, ao passo que hoje compareceram 46, sendo que o valor médio dos dois dias é de 66,50%.
De acordo com a secretaria, na Rodoeste, os serviços mínimos foram assegurados em cerca de 65%, sendo que, na CAM, “houve muito pouca adesão à greve nos dois dias”, pelo que “a operação decorreu dentro da normalidade”.
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