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“Os Artistas Unidos já têm um espaço municipal, esse espaço é na Rua do Açúcar, n.º 37, que estava ocupado até há bem pouco tempo pelo espólio do cineasta entretanto falecido António da Cunha Telles, portanto esse espaço está a ser esvaziado e é aí que será o novo espaço dos Artistas Unidos”, revelou o vereador da Economia e Inovação, Diogo Moura (CDS-PP), no âmbito de uma reunião da Assembleia Municipal de Lisboa (AML).

O autarca falava a propósito da apreciação da petição “Por uma nova morada para os Artistas Unidos”, com um conjunto de recomendações dirigidas à câmara, propostas pela 7.ª Comissão de Cultura da AML e aprovadas, em plenário, com a abstenção de CDS-PP e Aliança.

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“Recomenda-se à Câmara Municipal de Lisboa que concretize com urgência uma solução para resolver o problema das instalações permanentes dos Artistas Unidos que se arrastam no tempo, com graves prejuízos para o público, para a companhia, para a cidade e a sua vida cultural”, lê-se na proposta.

O documento aprovado sugere, também, que o executivo camarário, enquanto não se concretize a cedência das instalações permanentes, ceda um espaço adequado para armazenamento de todo o espólio e equipamentos dos Artistas Unidos.

Em resposta às recomendações da AML, o vereador Diogo Moura disse que já existe um espaço de armazenamento atribuído aos Artistas Unidos, num edifício municipal na Ameixoeira, onde a companhia de teatro tem toda a sua documentação e espólio.

Quanto ao novo espaço dos Artistas Unidos na Rua do Açúcar, o vereador indicou que a câmara e a companhia de teatro estão agora a tratar das questões mais formais para formalizar o acordo de cedência deste imóvel municipal.

Após a impossibilidade de os Artistas Unidos se manterem no Teatro da Politécnica, espaço que é propriedade da Universidade de Lisboa, “entidade pública que não permitiu que houvesse uma continuidade da companhia naquele espaço”, a câmara tentou arranjar uma solução, reforçou Diogo Moura.

Em julho de 2024, a companhia de teatro Artistas Unidos teve de entregar a chave do Teatro da Politécnica, onde esteve nos últimos 13 anos.

O vereador lembrou que, desde o início do mandato 2021-2025, a câmara trabalhou numa solução para que os Artistas Unidos voltassem ao Bairro Alto, o que não se concretizou, porque “não era possível adaptar o edifício, o valor era muito alto, e os próprios entenderam que não fazia face a todas as necessidades, nomeadamente técnicas, para levar a cabo a sua programação”.

Em causa estava a proposta de acolher os Artistas Unidos no antigo edifício de A Capital, no Bairro Alto.

Depois disto, a câmara procurou alternativas, tendo chegado à opção do edifício municipal na Rua do Açúcar, disse Diogo Moura.

“Penso que o assunto está resolvido, para bem da cultura e para bem desta companhia”, concluiu.

O autarca do CDS-PP ressalvou que, desde julho de 2024 e até ao momento, os Artistas Unidos não deixaram de ter programação e a própria Câmara Municipal de Lisboa disponibilizou equipamentos municipais, inclusive no Teatro Variedades, no Parque Mayer.

Nesta reunião, a AML apreciou ainda uma petição “para a requalificação prioritária do Bairro da Encarnação no âmbito do projeto de requalificação previsto para este bairro”, com a aprovação, por unanimidade, de uma recomendação da 3.ª Comissão de Urbanismo, sugerindo à câmara a adoção de um conjunto de medidas para resolver a degradação das ruas e passeios.

Em 28 de maio, numa audição da 3.ª Comissão da AML, a vereadora do Urbanismo, Joana Almeida (independente eleita pela coligação "Novos Tempos" PSD/CDS-PP/MPT/PPM/Aliança), estimou que as obras de requalificação do Bairro da Encarnação se possam iniciar em 2027 e ficarem concluídas em 2031, num investimento de 25,6 milhões de euros.