Multiplicam-se as notícias de gestos de grande dignidade, geralmente mal representada nos relatos que nos últimos anos temos visto e lido sobre a sociedade à nossa volta. O vírus está a revelar uma sociedade com robustez como comunidade que parecia quase não existir no tempo anterior ao covid.
Não sabemos quantas partículas de vírus são necessárias para desencadear a infeção. Não sabemos quando vai ser conseguido um tratamento. Não sabemos se, quando o desconfinamento começar, as pessoas vão continuar a respeitar o distanciamento social, apesar de subsistir a ameaça de contágio. Sabemos q
Estamos todos devidamente avisados e conscientes de que, por agora, qualquer afrouxamento ou nossa negligência nas medidas de distanciamento social físico, é um risco que não pode ser desafiado. Mas um dia virá em que vai começar a progressiva saída deste confinamento. Vai ser um processo progressiv
O vírus está a fazer o Ocidente cair do pedestal onde se exibia orgulhoso. Primeiro, foi a velha Europa – que nem foi capaz de montar o socorro inicial a um dos seus, a Itália. Depois, os Estados Unidos. A ideia de supremacia ocidental cai perante a fragilidade diante da pandemia de um vírus que soc
A “espanhola” matou mais de 30 milhões de pessoas entre 1918 e 1920. Então a Europa estava debilitada, a sair de uma guerra terrível e a medicina ainda não tinha chegado aos extraordinários progressos que surgiriam nos anos seguintes.
Uma revista científica respeitada como a britânica Lancet elogia o "esforço colossal" da China que, perante o ataque do Covid-19, "salvou milhares de vidas". A Lancet exorta, em editorial, a Europa a decidir "medidas ambiciosas, ágeis e agressivas, sem medo de consequências económicas e políticas",
Estão confirmados mais de 90 mil casos de pessoas infetadas pelo Covid-19 neste último mês e meio no mundo. A crise, durante alguns dias amuralhada por draconiana quarentena dentro de regiões da China, na última semana e meia disparou e já está em pelo menos 70 países, muitos apanhados em surpresa.
Este saltar do vírus para a Europa próxima, demasiado próxima, faz subir o nível do nosso alerta: obriga-nos a elevarmos ao máximo a nossa precaução, a inteligência e a responsabilidade.
Eutanásia é uma palavra que vem do grego, bem morrer. É um ato de humanidade ajudar, quem assim quer, a pôr fim à agonia dolorosa, prolongada e irreversível. É ajudar a que morrer seja o menos inferno que possível.
1917, de Sam Mendes, Era uma vez em Hollywood, de Quentin Tarantino, e O Irlandês, de Martin Scorsese, foram superados na noite dos Óscares pela surpresa anunciada, a recompensa ao génio do sul-coreano Bong Joon-ho, com a brilhante e cruel sátira Parasita sobre parasitas que sugam a vida de outros,
Um fiasco: quando uma aplicação informática faz encravar, na madrugada gelada do Iowa, a contagem dos votos da eleição que a oposição democrata a Trump aspirava que fosse o arranque de uma campanha robusta para em novembro conquistar a Casa Branca e o governo dos Estados Unidos, esse incidente apare
O Reino Unido vai agora funcionar como teste: as pessoas são menos ou mais felizes fora da União Europeia? É o grande enredo para os próximos tempos. A Europa fica a perder se não souber dar a volta ao desamor, criar motivação e esperança, o que passa por ir mais e melhor ao encontro dos cidadãos.
A mobilização global de recursos inspira confiança para afastar o alarme, sem descurar o alerta. Está a ser feito tudo, custe o que custar, para parar o vírus. Mas este coronavírus 2019-nCoV que infeta a China e a infosfera global está a colocar-nos perante um cenário de ameaça ao corpo físico e ao
Uma equipa, que até pode ser aquela pela qual torcemos, marca um golo. Há um instante de celebração, mas a alegria é logo arrebatada pelo VAR, que tem a missão de verificar, como se numa prova científica, se o golo está 100% conforme. O preciosismo torna-se cruel.
A equipa sul-coreana de “Parasite”, filme realizado por Bong Joon Ho, pode ser a surpresa e o leve, muito leve, sinal de diversidade na noite dos Óscares do cinema, neste ano, mais cedo, já em 7 de fevereiro. O último ano teve bons filmes realizados por mulheres (“Atlantics”, de Matti Diop, “High Li
Espanha vai entrar numa fase de crispação política sem precedentes, num lastimável declínio para uma fase de fúria em que o insulto e a desqualificação do adversário, com linguagem violenta, vão imperar. Mas a desesperada necessidade de compromissos extremos a que foi obrigado Pedro Sánchez para gov
O atentado que há um ano matou cinco pessoas no Mercado de Natal em Estrasburgo abriu noticiários, dominou primeiras páginas e gerou debates. Tal como o desencadeado há um mês, com arma branca, sobre a London Bridge, que causou dois mortos. Neste último sábado, em Mogadíscio, capital da Somália, a e
Espanha está mais enredada dentro do labirinto que é político, judicial (como é que o Supremo Tribunal de Espanha vai reagir à sentença do Tribunal Europeu?) e também emocional.
Em vésperas das eleições gerais, o cenário dominante aponta para o triunfo dos conservadores de Boris Johnson, com maioria absoluta e, portanto, logo a seguir, Brexit. Mas ainda estão abertos todos os cenários, aliás com sinais de muita mobilização do campo anti-Brexit que tem nesta eleição a última
Uma criatura de mente frágil, seduzida por uma versão perversa do Islão, pode, com relativa facilidade, surgir como guerrilheiro e atacar-nos em qualquer lugar, de preferência um sítio movimentado, cosmopolita, para que o ato terrorista tenha mais repercussão mediática. As duas mortes, na sexta-feir
Com 2020 a chegar, vale olharmos pelo retrovisor o que vai deste século, e que nos mostra uma evidência principal: as redes sociais são a revolução que nos últimos 15 anos mudou o modo de viver a vida.
Londres já se preveniu contra o risco de cheias com a construção da Thames Barrier, a funcionar desde 1982, após oito anos de construção. Roterdão está desde 1997 protegida pela Maeslantekering, barreira controlada por um supercomputador que em caso de risco de cheia fecha as portas às águas do Delt