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Na rede social X, a polícia local informou que estava a analisar as imagens do concerto da dupla de punk rap Bob Vylan “para determinar se alguma infração pode ter sido cometida que exija a abertura de um inquérito criminal”.

No sábado, no palco do famoso festival, os rappers convocaram a multidão para gritar “Morte, morte às IDF”, referindo-se às Forças de Defesa de Israel (em inglês Israel Defense Forces).

O concerto foi transmitido em direto pela BBC na sua plataforma dedicada ao Festival de Glastonbury.

Liam O’Hanna, um dos três membros do grupo Kneecap, foi acusado de “crime terrorista” por exibir uma bandeira do Hezbollah durante o concerto, incitando a multidão a gritar insultos contra Keir Starmer.

O Hezbollah é um grupo xiita libanês e é considerado uma organização terrorista por vários países, incluindo Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha e Israel.

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“Foi terrível, para ser honesto, e acho que a BBC e Glastonbury precisam de explicar como é que nos foi permitido assistir a um espetáculo deste tipo nos nossos ecrãs”, disse o ministro da Saúde do Reino Unido, Wes Streeting, em declarações hoje à Sky News.

Um porta-voz do Ministério da Cultura disse que a ministra Lisa Nandy tinha conversado com o diretor-geral da BBC sobre o concerto de Bob Vylan.

Por sua vez, a estação pública reconheceu que alguns dos comentários feitos pela dupla foram “profundamente ofensivos” e que o programa não estará disponível para procura nas suas plataformas.

No dia anterior, a BBC tinha decidido não transmitir o concerto dos Kneecap em direto, mas indicou que provavelmente estaria disponível mais tarde nas suas plataformas.

As atuações de ambos os grupos, Bob Vylan e Kneecap, receberam fortes críticas.

A embaixada de Israel no Reino Unido, numa publicação na rede social X, denunciou “a retórica de ódio e incendiária” expressa durante o festival.

“Há sérias preocupações com a normalização da linguagem extremista e a glorificação da violência”, acrescentou.

Questionado sobre esta reação, o ministro britânico Wes Streeting pediu à embaixada para “varrer a própria porta” e “levar mais a sério a violência dos seus próprios cidadãos contra os palestinianos”.

Antes da atuação dos Kneecap, o primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, disse que não era “apropriado” o grupo atuar no festival, mas os organizadores mantiveram a sua presença.