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"Procuram-se palavras" é a mais recente produção de teatro musical do Conservatório de Música e Artes do Dão (CMAD) e da Associação de Música e Artes do Dão (AMAD), que será apresentado entre 11 e 13 de julho.
O espetáculo “provocador e atual, que reflete uma realidade inquietante”, integra a agenda da Casa da Cultura 2024-2027 | Rede de Teatros e Cineteatros Portugueses, uma iniciativa promovida pelo município de Santa Comba Dão, em parceria com o CMAD.
Segundo a autarquia, "Procuram-se Palavras" retrata “uma era em que a tecnologia e a Inteligência Artificial avançam a passos largos” e questiona se se está a perder a capacidade de expressar sentimentos e de formular pensamentos próprios.
“O musical é um alerta sobre o contexto tecnológico atual, o impacto da comunicação digital desenfreada e a potencial erosão da nossa essência humana”, frisou.
A sua apresentação é o culminar “de uma residência artística que envolve, ao longo do ano, jovens talentos numa missão artística e criativa, que consolida o compromisso da região com a formação e criação no teatro musical”.
O elenco, composto por alunos do CMAD, professores e profissionais da área, vai desafiar o público a “uma reflexão profunda sobre a paradoxal solidão que pode emergir de um mundo saturado de informação”.
“Questiona o que resta do nosso pensamento, dos nossos sonhos e da nossa própria identidade quando as palavras são ‘roubadas’, tal como outrora foram limitadas ou proibidas em contextos políticos”, avançou a Câmara de Santa Comba Dão (distrito de Viseu).
Num cenário em que “os sonhos são invadidos e ‘hackeados’ por uma aplicação popular, levando a uma uniformização assustadora do pensamento”, é levantada uma questão: “seremos ainda humanos quando todos sonhamos as mesmas coisas e pensamos da mesma forma?”
A autarquia referiu que o texto, da autoria de Ana do Vale Lázaro, “promete ser tão poético quanto pungente”.
A ideia original e a encenação são da responsabilidade de Rafael Barreto, a direção musical e as composições originais de Artur Guimarães, a coreografia de Catarina Alves e a cenografia de Carlos Neves.
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