O concurso interno e externo de professores, planeado pelo anterior governo, contou com cerca de seis mil vagas abertas por decisão política e para as quais o atual ministro disse hoje não encontrar fundamento.
O número de alunos sem professor caiu na última semana, mas há ainda 146 mil sem aulas, disse hoje o ministro da Educação, que reconhece o problema como grave e mantém as metas de redução durante o 1.º período.
Filinto Lima, presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP), recorda que grande parte do trabalho dos docentes é feito em casa e que nas escolas há muitos equipamentos avariados.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, promulgou hoje o decreto-lei que altera o Estatuto do Bolseiro de Investigação para permitir que doutorandos em trabalho científico possam dar aulas em escolas, suprindo a falta de professores.
Fernando Alexandre não adiantou o número de professores em falta, mas admitiu "precisamos de mais uns milhares de professores, que são aqueles que estão em falta".
O secretário-geral da Federação Nacional dos Professores (Fenprof) disse hoje que "os professores não adormecem na almofada da recuperação do tempo de serviço", exigindo maior investimento na Educação.
A Fenprof alertou hoje a tutela para a necessidade de acautelar que nenhum docente venha a perder tempo de serviço com o novo Estatuto da Carreira Docente, que deverá significar melhores salários e condições de trabalho.
A coordenadora do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua, acusou hoje o PSD e o PS de manterem uma "discussão medíocre" sobre a falta de professores nas escolas e de não discutirem questões essenciais para a qualidade do ensino.
O ministro da Educação, Ciência e Inovação, Fernando Alexandre, garantiu hoje que a portaria de vagas para o concurso extraordinário de recrutamento de professores será publicada “muito em breve”.
O secretário-geral da Fenprof, Mário Nogueira, disse hoje que vai esperar o início da discussão da revisão do estatuto do professor e analisar o investimento no Orçamento do Estado para avaliar o Governo.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, promulgou hoje o diploma do Governo para a criação de um regime excecional e temporário para recrutamento de professores e um apoio financeiro aos professores deslocados.
Cerca de 1,3 milhões de estudantes do 1.º ao 12.º anos começam, entre hoje e a próxima segunda-feira, as aulas de mais um ano letivo em que “milhares de alunos” voltam a não ter todos os professores.
O secretário-geral, Pedro Barreiros, considera "manifestamente pouco" a atribuição de 150 euros a professores que tenham que realizar 71 km para chegar à escola, e demonstra-se incrédulo com o valor atribuído aos professores que realizam 200 km.
A um dia do arranque do ano letivo, as escolas ainda procuram professores para mais de dois mil horários que continuam vazios, a maioria anuais, deixando cerca de 117 mil alunos sem aulas a, pelo menos, uma disciplina.
A escassez de professores está a aumentar em todo o mundo, segundo um estudo da OCDE que analisou diferentes políticas e concluiu que é preciso aumentar salários, atribuir subsídios, mas também tornar a profissão mais respeitada.
O ministro da Educação, Ciência e Inovação escreveu aos professores em vésperas do regresso às aulas para desejar um "excelente ano letivo" com a promessa de valorização da carreira docente.
O concurso, anunciado a 22 de agosto, visa resolver falhas identificadas no concurso de vinculação extraordinário realizado pelo antigo executivo, que deixou 3.000 horários sem professor atribuído e 19.000 professores sem colocação.
O apoio aos professores deslocados terá um aumento de 50% na proposta do Governo afirmou hoje o ministro da Educação à saída das reuniões com os sindicatos.
O Ministério da Educação vai voltar hoje a reunir-se com os sindicatos para discutir a criação de um apoio a professores deslocados colocados em escolas onde faltam docentes e a realização de um novo concurso de vinculação.
O Presidente da República manifestou-se hoje preocupado com o início do ano letivo e questionou "como é que não se falou mais" no concurso extraordinário de professores previsto num diploma do Governo que promulgou em agosto.
O ministro da Educação, Fernando Alexandre, admitiu hoje que o novo ano letivo vai arrancar com “milhares de alunos sem aulas”, sublinhando que se trata de uma “falha grave” da escola pública que o Governo quer resolver até ao final da legislatura.
Se as aulas começassem hoje, 122 mil alunos não teriam, pelo menos, um docente a uma disciplina. Segundo a Fenprof, há, pelo menos, 890 horários por preencher.