A polícia francesa lançou gás lacrimogéneo num protesto em Paris contra a repressão do regime iraniano após a morte da jovem Mahsa Amini, quando os manifestantes se tentaram aproximar da embaixada do Irão, fortemente protegida.
A União Europeia (UE) afirmou hoje que o "uso generalizado e desproporcionado da força" contra manifestantes no Irão é "injustificável e inaceitável", após nove dias de protestos contra a morte de uma jovem detida pela polícia da moralidade.
Os protestos no Irão pela morte de Mahsa Amini causaram já pelo menos 41 mortos e 1.186 detidos após nove dias, enquanto o Governo mobilizou hoje milhares de cidadãos em marchas contra os manifestantes que pedem mais liberdades.
O Exército ucraniano denunciou este domingo, 25 de setembro, que a cidade costeira de Odessa foi atacada de madrugada com drones de fabrico iraniano, dois dias depois de um ataque russo com uma arma similar ter matado dois civis.
O Irão acusou os Estados Unidos de tentarem violar a sua soberania depois de Washington ter autorizado empresas tecnológicas a expandirem os serviços no país em resposta às restrições da Internet para refrear os protestos, que provocaram 50 mortos.
As autoridades detiveram 739 pessoas, incluindo 60 mulheres, no Norte do Irão, acusadas de participação nos protestos desencadeados há uma semana devido à morte de uma jovem detida pela polícia da moralidade, informou hoje a agência Tasnim.
Os Estados Unidos anunciaram nesta sexta-feira o levantamento de algumas restrições comerciais ao Irão, a fim de ampliar o acesso dos iranianos a serviços de Internet, que foi limitado pelo governo da República islâmica durante a forte repressão a manifestantes.
As Nações Unidas (ONU) estão preocupadas com relatos de violência contra protestos pacíficos no Irão, apelando às forças de segurança do país "que se abstenham de usar força desnecessária e desproporcional", disseram hoje fontes oficiais.
Confrontado pelos jornalistas durante a 77.ª Assembleia Geral da ONU, que decorre em Nova Iorque, o presidente iraniano, Ebrahim Raisi, disse que a morte da jovem será investigada.
Pelo menos 11 pessoas morreram após seis dias de protestos no Irão pela morte de uma jovem detida pela polícia, divulgaram hoje os meios de comunicação locais, enquanto as autoridades bloquearam o acesso às redes sociais.
Mahsa Amini, de 22 anos, foi detida por infringir as regras para o uso do hijab. Acabou internada e faleceu. Terá sofrido um ataque cardíaco ou um AVC.
O gabinete do líder supremo do Irão Ali Khamenei divulgou hoje um vídeo e várias fotografias do clérigo numa cerimónia religiosa com um grupo de estudantes, após rumores sobre o seu estado de saúde.
O primeiro-ministro israelita, Yair Lapid, viaja hoje para a Alemanha para uma visita, abordando com as autoridades germânicas o restabelecimento do pacto nuclear entre as potências mundiais e o Irão, algo a que Israel se opõe.
Berlim, Paris e Londres expressaram hoje "sérias dúvidas" sobre o "compromisso" de Teerão em alcançar um "resultado positivo" nas negociações em curso para salvar o acordo nuclear iraniano de 2015.
A Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) denunciou hoje que o Irão continua a acumular urânio enriquecido a um ritmo acelerado, com o órgão da ONU a admitir igualmente dificuldades em comprovar o caráter pacífico do programa nuclear iraniano.
O representante da União Europeia para a Política Externa, Josep Borrell, alertou hoje o Irão de que exigir mais garantias para aceitar a proposta de regresso ao acordo nuclear de 2015 coloca "o processo em perigo".
Um novo acordo nuclear com o Irão está cada dia mais próximo, mas analistas e observadores temem que o levantamento de sanções a Teerão permita à sua aliada Rússia contornar o embargo ocidental ao petróleo russo.
O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, prometeu hoje ao primeiro-ministro de Israel, Yair Lapid, que vai trabalhar para que o Irão nunca tenha armas nucleares.
Mais de 40 anos depois, as mulheres iranianas vão poder voltar a ver futebol nacional nos estádios locais, informou hoje o Ministério do Desporto do Irão.
Os Estados Unidos responderam hoje a Israel que um regresso ao acordo nuclear iraniano é a forma "mais eficaz" de abordar as suas preocupações sobre segurança, depois de o primeiro-ministro israelita, Yair Lapid, se ter oposto ao pacto.
O primeiro-ministro israelita, Yair Lapid, transmitiu hoje ao Presidente francês, Emmanuel Macron, que Israel se opõe ao novo acordo nuclear que está a ser negociado com o Irão, sublinhando reservar-se o direito de agir à margem desse pacto.
O Irão criticou hoje os Estados Unidos da América (EUA) pelo "atraso" em dar o seu parecer sobre as propostas iranianas face ao "texto final" apresentado recentemente pela União Europeia para retomar o acordo sobre o programa nuclear iraniano.