O presidente da Câmara de Monchique atribuiu hoje ao mau ordenamento florestal as causas para o prolongamento do incêndio que há cinco dias fustiga o concelho e que tem devastado uma área importante da economia do município.
O quinto dia consecutivo do incêndio em Monchique, que se alastrou aos concelhos de Silves e de Portimão, no distrito de Faro, ficou hoje marcado por “fortes reativações”, contando com mais de 1.200 operacionais no combate às chamas.
Cinco localidades da serra de Monchique estão ainda ao final da tarde de hoje sem energia elétrica e com muitos quilómetros de linha da EDP danificados, não sendo ainda possível quantificar a totalidade de equipamento atingido, segundo a empresa.
As chamas são bem visíveis, mas não amedrontam os habitantes da aldeia de Casais, em plena serra de Monchique, no distrito de Faro, que se recusam a abandonar as suas habitações, apesar das insistências da GNR.
A Autoridade Nacional de Proteção Civil está a distribuir, desde sábado, pelos turistas e pela comunidade de língua inglesa no Algarve, informações sobre o risco de incêndio, disse hoje o ministro da Administração Interna.
O presidente da associação Acréscimo afirmou hoje que o país não vai conseguir “atenuar o problema dos incêndios florestais enquanto não houver investimento em agrofloresta”, criticando a “epidemia de eucaliptos” existente em Portugal.
A localidade do Rasmalho, em Portimão, foi evacuada por precaução hoje ao início da tarde, mas o fogo que se alastrou a este concelho, contíguo ao de Monchique, está "controlado", disse à Lusa a presidente da autarquia.
As unidades hoteleiras de Monchique de onde tiveram de ser retirados hóspedes pela aproximação do fogo mantêm-se intactas, apesar da incerteza de quando poderão reabrir, disse hoje à Lusa o presidente da maior associação hoteleira do Algarve.
O ministro da Administração Interna disse hoje que a Guarda Nacional Republicana reforçou a vigilância rodoviária na Via do Infante (A22), no Algarve, por serem esperadas “significativas projeções de fumo” na zona, provenientes do incêndio em Monchique.
Mais de 250 pessoas foram deslocadas durante a noite no combate ao incêndio que lavra desde sexta-feira em Monchique, no distrito de Faro, onde as operações se mantêm de “elevada complexidade”, informou hoje a Proteção Civil.
O Ministério da Agricultura negou hoje que exista no Instituto de Conservação da Natureza qualquer plano de prevenção e combate a incêndios que englobe a zona de Monchique apresentado pelos produtores florestais do barlavento algarvio.
José Miguel Cardoso Pereira, coordenador do estudo que apontava Monchique como o concelho do país com maior risco de incêndio este ano disse hoje que “ninguém tomou grandes medidas de limpeza da floresta” nesta área, que desde 2003 estava a acumular vegetação.
Uma equipa composta por cinco enfermeiros e um médico estão a dar apoio às 120 pessoas que passaram a última noite no Portimão Arena, depois de terem sido retiradas das suas casas devido ao incêndio em Monchique.
O ministro da Administração Interna disse hoje que não existe nenhum plano de prevenção e combate de incêndios "pendente para aprovação" por parte do Instituto de Conservação da Natureza e Floresta referente à zona de Monchique.
Pelo menos 40 quilómetros de linha da EDP ficaram danificados na sequência do incêndio que lavra em Monchique e há 17 localidades sem abastecimento de energia elétrica, de acordo com a empresa.
O Ministério Público (MP) e a Polícia Judiciária (PJ) estão a investigar o incêndio que deflagrou na sexta-feira no concelho de Monchique, distrito de Faro, disseram hoje à agência Lusa os dois organismos.
O ministro da Administração Interna disse hoje que o combate ao incêndio de Monchique, que lavra há cinco dias, vai passar a ter um nível de coordenação nacional, na dependência direta do comandante nacional da Proteção Civil, Duarte da Costa.
O Incêndio que continua a lavrar em Monchique, Faro, obrigou a assistir 79 pessoas, tendo sido registados até ao momento 29 feridos ligeiros e um grave. No terreno continuam a combater as chamas 1203 operacionais, apoiados por 19 meios aéreos e 375 veículos.
A EDP teve de cortar o abastecimento nalgumas localidades na zona do fogo de Monchique por questões de segurança e abasteceu de madrugada outras localidades com geradores, segundo fonte oficial da empresa.
O incêndio florestal, que lavra desde 27 de julho no norte da Califórnia, alimentado por vegetação seca, vento e altas temperaturas, já é o mais grave da história daquele estado norte-americano.
Os produtores florestais do Barlavento Algarvio dizem que há meses esperam a aprovação, por parte do Instituto de Conservação da Natureza, do plano de prevenção e combate a incêndios que abrange a zona onde começaram as chamas em Monchique.
Os meios aéreos recomeçaram hoje o combate às chamas no incêndio que lavra em Monchique, Faro, que estava às 07:30 a ser combatido por 1.198 operacionais, segundo a Proteção Civil.
Mais de 40 concelhos dos distritos de Bragança, Viseu, Guarda, Castelo Branco, Portalegre, Santarém, Beja e Faro estão hoje em risco máximo de incêndio, num dia em que a temperatura vai descer.
O incêndio que lavra em Monchique, Faro, continua a ser reforçado com operacionais e viaturas no apoio ao combate às chamas, de acordo com os dados disponíveis na página da Autoridade Nacional de Proteção Civil.