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As ruas da Baixa de Lisboa encheram-se, este sábado, de vozes que pedem um teto acessível.

Dezenas de cartazes, palavras de ordem como “casa é para morar, não é para especular” e centenas de manifestantes, na maioria jovens, voltaram a mostrar que a crise da habitação está longe de ser resolvida.

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Mas afinal, o que é que pedem as pessoas que hoje saíram à rua?

Baixar rendas, subir salários, regular o alojamento local, reabilitar edifícios devolutos e, sobretudo, fazer com que viver em Portugal não seja um luxo.

Entre as exigências esteve também o apelo por contratos de arrendamento com segurança, pelo fim dos despejos sem alternativas e por políticas públicas mais ambiciosas.

“Estamos fartos de escolher - pagar a renda ou comer”, gritaram.

Houve também quem tenha levado a luta para a rua com urgência literal. Moradores do Bairro do Talude, em Loures, onde vivem mais de 100 famílias, dizem estar em risco de ficar sem casa já esta segunda-feira, por ordem da câmara.

“O salário é o salário mínimo, não chega para nada”, desabafou Marlise António.

De Helena Roseta, autora da Lei de Bases da Habitação, ao porta-voz do movimento Casa para Viver, a mensagem foi clara - não é só uma luta nacional, é transnacional, e vai continuar depois do verão.

Hoje, foi mais um dia de protesto. Mas, para muitos, viver ainda parece um privilégio.

*Com Lusa*