Um grupo de fisioterapeutas voluntários está em Pedrógão Grande a realizar triagens e intervenções na área cardiorrespiratória, e já atendeu 150 pessoas desde o incêndio que começou naquele concelho e que provocou a morte a 64 pessoas.
O Governo reúne-se na segunda-feira, em Figueiró dos Vinhos, com os presidentes de câmara dos concelhos afetados pelos incêndios que em junho destruíram milhares de hectares na zona Centro de Portugal, apresentando nessa ocasião medidas para reparação de danos.
O incêndio que deflagrou no dia 17 em Pedrógão Grande, distrito de Leiria, continuava hoje a mobilizar 52 bombeiros e 18 viaturas, que estão "em vigilância permanente", disse o Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS).
O líder parlamentar do PSD, Luís Montenegro, considerou "deplorável" que tenha havido notícia "não desmentida" de que o Governo concentrou parte das suas preocupações nestes dias a medir o índice de popularidade.
O PSD considerou “uma vergonha” que a ministra da Administração Interna tenha pedido ao Instituto de Telecomunicações uma auditoria sobre o funcionamento do SIRESP, sistema de comunicações de emergência, por ter na Altice um acionista em comum.
O parlamento aprovou hoje, com o voto contra do PCP e abstenção de PEV e PAN, o projeto-lei que cria a comissão técnica independente pedida pelo PSD para apurar os factos relativos aos incêndios que deflagraram em Pedrógão Grande.
O presidente da Câmara de Pedrógão Grande, Valdemar Alves, estimou hoje em 250 milhões de euros os prejuízos no concelho decorrentes do incêndio que vitimou 64 pessoas e que provocou mais de 200 feridos.
O presidente da Câmara de Castanheira de Pera disse hoje que foram identificadas 127 habitações, anexos e barracões afetados pelo incêndio no concelho e que ao nível das empresas com mais expressão há 60 postos de trabalho que foram atingidos.
O líder da bancada do PSD mostrou-se "atónito pela desvalorização que muitos grupos parlamentares fizeram sobre a tragédia de Pedrógão Grande", reiterando que a escolha dos sociais-democratas "é não silenciar e dar tranquilidade".
Pelo menos 40 empresas, envolvendo 350 postos de trabalho, foram afetadas pelos incêndios de Pedrógão Grande e concelhos limítrofes, estando 20% desses empregos em risco se não forem tomadas medidas, anunciou esta quinta-feira o Governo.
O PSD questionou hoje a falta de explicações por parte do Governo sobre os incêndios da região Centro, que causaram 64 mortes, com o PS e Bloco a acusarem os sociais-democratas de contradição e de desnorte.
O projeto-lei que cria a comissão técnica independente para apurar os factos relativos aos incêndios na região Centro já foi entregue no parlamento, subscrito pelo PSD, PS, CDS-PP e BE, e funcionará por um período máximo de três meses.
Os incêndios que atingiram a região Centro destruíram milhares de colmeias e pasto das abelhas em vários concelhos, o que fará diminuir a produção de mel certificado da Serra da Lousã nos próximos anos, disseram hoje responsáveis do setor.
O PSD quer utilizar o debate de hoje sobre "A segurança, a proteção e a assistência das pessoas" na tragédia de Pedrógão Grande para "dar voz às preocupações" no terreno e fazer perguntas que considera ainda por responder.
A ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa, disse hoje que, para garantir o corte integral da Estrada Nacional 236-1, seria necessário um elemento da GNR em cada um dos ponto de acesso, que são múltiplos.
A comissão técnica independente para apurar o sucedido nos incêndios na Região Centro vai ser composta por 12 técnicos especialistas, seis deles indicados pelo presidente da Assembleia da República e outros seis pelo Conselho de Reitores.
A ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa, disse hoje que o Estado gasta por ano 40 milhões de euros com o Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança de Portugal (SIRESP).
A ministra da Administração Interna disse hoje que mandou a IGAI fazer uma auditoria à Secretaria-Geral do MAI por existirem “incongruências” no relatório que fez sobre os incêndios de Pedrógão Grande e ao SIRESP.
O tom do debate quinzenal desta quarta-feira foi moderado, o primeiro-ministro e o presidente do PSD concordaram num mecanismo para indemnizar as vítimas dos incêndios e apenas a líder do CDS foi mais contundente.
A ministra da Administração Interna disse que se está a recolher, analisar e cruzar todos os dados do incêndio de Pedrógão Grande "desde a primeira hora", mas esta "é uma tarefa que leva o seu tempo".
A presidente do CDS-PP defendeu que "a confiança está destruída" enquanto o primeiro-ministro não tiver uma "palavra política" sobre a tragédia de Pedrógão Grande, perguntando por quem no Governo possa pôr "ordem na casa".
O presidente da Câmara de Figueiró dos Vinhos disse à agência Lusa que na próxima semana já vão estar no terreno afetado pelos incêndios equipas das diferentes tutelas a definir apoios em função do levantamento feito.
O primeiro-ministro assegurou que, se se provar que houve responsabilidade objetiva do Estado na tragédia de Pedrógão Grande, será utilizado "um esquema expedito" de indemnização às vítimas que as dispense dos processos normais judiciais.
O primeiro-ministro, António Costa, adiantou esta quarta-feira que a próxima reunião de trabalho com os municípios afetados pelos incêndios na região Centro vai decorrer a 19 de julho, na Sertã, distrito de Castelo Branco.