O processo de venda do Novo Banco está na fase final e a assinatura será feita esta semana, confirmou hoje o ministro das Finanças, Mário Centeno, em Londres.
Cerca de 400 pequenos investidores do Banco Espírito Santo (BES) vão pedir a intervenção da Direção Geral da Concorrência da União Europeia para travar a venda do Novo Banco pelo Governo português ao fundo norte-americano Lone Star.
O ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, sublinhou hoje que "o parlamento tem poderes de escrutínio sobre todos os atos do Governo", quando questionado sobre o processo de venda do Novo Banco.
O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, confirmou hoje à Lusa que o partido se reuniu esta manhã com o Governo sobre o Novo Banco, mas escusou-se a adiantar pormenores sobre o encontro.
A líder do CDS-PP, Assunção Cristas, disse hoje que o partido aguarda para saber em concreto o que está a ser preparado pelo Governo para a venda do Novo Banco, reiterando ser favorável à alienação total da instituição.
A Comissão Europeia alertou hoje que a recapitalização da Caixa Geral de Depósitos (CGD) e a venda do Novo Banco devem ser "acompanhadas de perto" para evitar efeitos negativos que possam ter no setor financeiro e nas contas públicas.
A coordenadora do Bloco de Esquerda (BE), Catarina Martins, insistiu esta segunda-feira que é um “erro” vender o Novo Banco a privados, salientando que o Governo não terá o apoio do partido neste processo.
A comissária europeia da Concorrência, Margrethe Vestager, admitiu hoje a possibilidade de o Estado português manter 25% do capital do Novo Banco, mas apontou que então deverá assumir outros compromissos, escusando-se a especificar quais.
O ministro das Finanças, Mário Centeno, disse hoje que as negociações para a venda do Novo Banco estão a evoluir a "bom ritmo", considerando que há "condições para o acordo", embora ainda não esteja fechado.
O Tribunal da Relação de Lisboa (TRL) revogou hoje um arresto de bens imóveis do empresário angolano Álvaro Sobrinho e de familiares, que havia sido novamente ordenado pelo Ministério Público (MP), que alegou "existirem novos indícios" que justificavam tal medida.
O governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, revelou hoje no parlamento que prosseguem as negociações exclusivas com o fundo norte-americano Lone Star para a venda do Novo Banco, realçando a complexidade do processo.
O governador do Banco de Portugal (BdP), Carlos Costa, é hoje ouvido na comissão parlamentar de Orçamento e Finanças, em duas audições relacionadas com o caso do Banco Espírito Santo (BES) e a sua resolução.
O Presidente da República considerou hoje que o sistema financeiro português está "sólido e mais resistente a choques", mas com "três peças" ainda por resolver: a venda do Novo Banco, os ativos problemáticos e a supervisão.
O ex-secretário de Estado Sérgio Monteiro deixou de liderar a venda do Novo Banco, função para a qual tinha sido contratado em 2015, e está agora envolvido na operação como consultor externo, confirmou fonte do setor financeiro à Lusa.
O presidente do BCP disse hoje que o importante na venda do Novo Banco é que a operação não traga mais custos para o Fundo de Resolução e que a solução encontrada não distorça a concorrência.
A coordenadora do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, considerou hoje que, “por muitas explicações que o governador do Banco de Portugal queira dar, não tem condições para continuar” no cargo.
O Novo Banco deverá apresentar em breve uma proposta comercial aos emigrantes lesados pelo BES para os tentar compensar pelas perdas sofridas, a que podem aderir mesmo os que rejeitaram a primeira solução apresentada em 2015, segundo o gabinete do primeiro-ministro.
O primeiro-ministro asseverou que o Estado não irá perder os 3,9 mil milhões de euros injetados pelo Fundo de Resolução bancário no Novo Banco, garantindo que esse montante, a não integrar a venda, será suportado pelo "sistema financeiro".
O Sindicato Nacional dos Quadros e Técnicos Bancários (SNQTB) quer ser envolvido no processo de venda do Novo Banco, desafiando a Lone Star a convidá-lo para assumir uma participação no capital da entidade para ter voz ativa na gestão.
O presidente do Novo Banco reuniu-se hoje com a comissão de trabalhadores e com os sindicatos, informando-os do lançamento de um programa de rescisões voluntárias e outro de reformas antecipadas que visam a saída de 350 trabalhadores até junho.
O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, disse esta terça-feira, em Famalicão, estar "profundamente preocupado" com a "entrega" do Novo Banco a uma entidade estrangeira, manifestando-se "claramente contra" um processo com "consequências para o Estado e para os trabalhadores".
O ministro das Finanças reiterou hoje em Bruxelas que não haverá garantias de Estado no Novo Banco e admitiu que a instituição financeira não seja vendida na totalidade, sublinhando que está contemplada “uma segunda via de negociação possível”.