O Presidente da República defendeu hoje diálogo e concertação para resolver o conflito dos enfermeiros especialistas e anunciou que vai receber, na próxima semana, as ordens profissionais ligadas à saúde, no Palácio de Belém, em Lisboa.
Cerca de 150 enfermeiros especialistas de Saúde Materna, de um universo de mil, estão prontos a entregar o seu título de especialidade em protesto, disse hoje à agência Lusa o porta-voz do movimento destes profissionais.
O Presidente da República condecorou hoje a equipa que salvou o bebé nascido de uma mãe em morte cerebral, agradecendo a dedicação dos profissionais do Serviço Nacional de Saúde, que é independente do estatuto profissional, "por muito importante que seja".
A Ordem dos Enfermeiros vai continuar a analisar os pedidos de suspensão dos títulos dos enfermeiros especialistas, apesar dos avisos da Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS), entendidos como ingerência, disse à Lusa o vice-presidente da Ordem.
A Secretaria de Estado do Emprego considerou irregular a marcação da greve dos enfermeiros agendada para a próxima semana, mas o sindicato afirma que mantém a paralisação e vai fazer uma queixa ao Departamento de Investigação e Ação Penal.
Os médicos estão disponíveis para assumir as funções dos enfermeiros de saúde materna e obstetrícia em protesto e apelam aos hospitais para reforçarem os obstetras.
Os enfermeiros de quatro especialidades diferentes manifestaram intenção de entregar os seus títulos de especialista em protesto contra a falta de pagamento devido, disse à Lusa a bastonária da sua Ordem.
A Ordem dos Médicos está preocupada com impacto do protesto dos enfermeiros especialistas em saúde materna e obstétrica, que anunciaram entregar os títulos que os habilita profissionalmente para a especialidade.
Os enfermeiros especialistas queixam-se de ameaças por parte dos Conselhos de Administração dos hospitais e acusam o ministro da Saúde de desonestidade e de ter enganado os profissionais.
O Sindicato dos Enfermeiros vai entregar na segunda-feira um pré-aviso de greve nacional para os dias 11 a 15 de setembro, anunciou hoje o presidente da estrutura sindical, José Azevedo, em declarações à agência Lusa.
Metade dos enfermeiros especialistas em saúde materna e obstetrícia da maternidade do Hospital de Portalegre não prestou hoje cuidados especializados no turno da manhã, na sequência do protesto destes profissionais, segundo os organizadores.
Os enfermeiros especialistas em saúde materna e obstetrícia vão voltar quinta-feira de manhã a interromper as suas funções especializadas, o que pode afetar blocos de parto e maternidades.
O diretor de uma prisão ou guardas prisionais a distribuírem medicamentos aos reclusos são alguns exemplos do impacto da falta de profissionais de saúde denunciada hoje pelo diretor-geral de Reinserção e Serviços Prisionais.
Os enfermeiros especialistas mantêm o protesto depois do parecer da Procuradoria-geral da República (PGR) que diz que estes profissionais podem ser responsabilizados disciplinarmente e esperam que da reunião com a tutela saia um compromisso para resolver a situação.
A Ordem dos Enfermeiros considerou hoje que as conclusões do parecer do Conselho Consultivo da Procuradoria-Geral da República "não enquadram corretamente" a situação atual dos enfermeiros especialistas que estão em protesto e reiterou o seu apoio à causa.
Os enfermeiros especialistas em protesto podem ser responsabilizados civil e disciplinarmente, bem como incorrer em faltas injustificadas, segundo um parecer do conselho consultivo da Procuradoria-geral da República.
O ministro da Saúde classificou hoje o protesto dos enfermeiros especialistas como irresponsável e fora do quadro legal, afirmando que é baseado na “criação de alarme social”.
O ministro da Saúde considerou hoje o protesto dos enfermeiros especialistas como condenável do ponto de vista ético e deontológico, lembrando que o Governo não pode ceder a “exigências intempestivas”.
A bastonária Ana Rita Cavaco disse hoje que a Ordem vai apoiar a greve dos enfermeiros especialistas anunciada para 31 de julho, salientando “não compreender a birra do Governo ao não negociar e resolver o problema".
Os enfermeiros especialistas em saúde materna e obstetrícia vão fazer uma greve de 31 de julho a 04 de agosto, em protesto contra o não pagamento desta especialização, anunciou hoje o Sindicato dos Enfermeiros.
Os blocos de parto da Maternidade Alfredo da Costa (MAC), em Lisboa, com capacidade para onze grávidas, estão neste momento disponíveis para seis, devido ao protesto dos enfermeiros especialistas em obstetrícia.
O ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, disse hoje desconhecer problemas causados pelo protesto dos enfermeiros especialistas em saúde materna e obstetrícia, o que demonstra a sua ”responsabilidade exemplar”.
Os Enfermeiros Especialistas em Saúde Materna e Obstétrica (EESMO) mantêm o protesto de não prestar cuidados diferenciados de obstetrícia, depois de a tutela ter adiado para setembro uma decisão sobre a alteração remuneratória destes profissionais.