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Há mais vida para além do défice
Fruto dos necessários entendimentos para chegar ao poder, António Costa trocou a sua "visão para a década" pelo orçamento possível para os próximos nove meses. Pouco ou nada resta dos planos iniciais dos socialistas, que eram um guião consistente, independentemente de se concordar ou não com a sua bpor Paulo Ferreira -
Referendos a liberdades individuais? Não, obrigado
O conservadorismo moral e comportamental é absolutamente legítimo e cada um deve praticar o que quer para si. O que já não é legítimo é que os que o escolhem para si no uso da sua inalienável liberdade e em nome do ideal de sociedade que defendem, o queiram impor ao resto dos cidadãos.por Paulo Ferreira -
35 horas: expliquem-me como se eu fosse muito burro
Quando se diz que a função pública pode trabalhar menos 12,5% do tempo sem acréscimo de custos, não se está directamente a desvalorizar o trabalho no Estado, a sua qualidade e a produtividade dos funcionários? Então o que têm os funcionários públicos feito durante as 20 horas mensais adicionais empor Paulo Ferreira -
Isso? Já tentámos e não resultou
A nossa cultura de despesa, défice e dívida é tão sólida e está-nos tão entranhada que consideramos indigno que alguém nos diga para fazermos aquilo que, à partida, devia partir das nossas instituições, dos nossos governos, de uma generalizada vontade popular: não gastar mais do que se recebe.por Paulo Ferreira -
Oh não! Outra vez o filme do “manguito”
O Governo tem que convencer os analistas com números realistas e não com insinuações de incompetência. É que os incompetentes das agências de rating têm um poder muito superior aos dos gabinetes ministeriais, porque os primeiros é que decidem a que taxas de juro é que os segundos conseguem financiarpor Paulo Ferreira -
Os outros donos disto tudo
Houvesse um Ali Babá na história e o título desta crónica era outro. Mas não há. Os 30 deputados que pediram ao Tribunal Constitucional para verificar a constitucionalidade da redução das subvenções vitalícias optaram por fazê-lo pela calada. Entende-se porquê. O despudor é tão grande que até eles opor Paulo Ferreira -
Um profundo desprezo pelos cidadãos
Temos, provavelmente de forma exagerada, horror à chamada instabilidade política. E se das eleições não sai uma maioria absoluta? E se não é possível formar uma coligação estável? E se daqui a uns meses vamos novamente para eleições? E se a legislatura não se cumpre até ao fim?por Paulo Ferreira -
Marcelo contra Marcelo
Desta vez ninguém poderá queixar-se de falta de debate ou de défice de esclarecimento. São 14-debates-14 os que as televisões estão a fazer entre os candidatos à presidência da República. Todos contra todos, como num campeonato de futebol.por Paulo Ferreira -
Se o conteúdo é rei o futebol é imperador
Nestes dias finais do ano vai uma animação entre os principais clubes de futebol e os principais distribuidores de televisão com a sucessão de contratos sobre os direitos de transmissão dos jogos, cedências de canais de tv próprios, publicidade no estádio e outras ferramentas de comunicação.por Paulo Ferreira -
E se fossem todos dar uma volta?
A sorte de Santiago Nasar estava traçada e muitos sabiam disso. Mas do padre ao comissário de polícia, da cozinheira da família à acusadora, ninguém fez o que devia e podia para impedir o assassinato cometido pelos irmãos Vicario. Uns por interesse, outros por desinteresse, deixaram correr os acontepor Paulo Ferreira -
Banca: as lições mais caras do mundo
A definição de Mark Twain é quase tão antiga como a própria banca: um banqueiro é um homem que te empresta o chapéu de chuva quando faz sol e que to tira quando começa a chover.por Paulo Ferreira -
Quotas e direitos, mulheres e homens
Tenho "mixed feelings" sobre os sistemas de quotas obrigatórias para resolver desigualdades de género ou outras.por Paulo Ferreira -
Vamos encarar o problema de frente: quem paga a informação?
Esta semana tivemos mais um drama no sector dos jornais. O "Sol" e o "i" vão despedir cerca de dois terços dos seus trabalhadores, mais de uma centena. De acordo com as notícias, ficarão cerca de 60 jornalistas para um novo projecto de informação.por Paulo Ferreira -
Boa sorte, Mário Centeno
São 17 os ministros do novo governo e depois ainda virão os secretários de Estado. Mas nem todos têm a mesma importância. Não se trata de desvalorizar uma ou outra área, trata-se apenas de perceber que os danos e as virtudes que ocorram nas várias pastas não têm o mesmo impacto nas nossas vidas.por Paulo Ferreira -
Não é religião ou ideologia. A escolha é entre o bem e o mal
É sempre assim. A cada bomba, a cada ataque, deitamo-nos no divã do psicanalista para saber o que se passa connosco, vítimas da atrocidade. Não faz sentido. Primeiro porque não se trata do Islão contra o Ocidente. Basta recordar Beirute na semana passada ou Bombaim há sete anos. Depois porque se algpor Paulo Ferreira -
Bom dia. E boa sorte
O dia foi histórico mas nada teve de heróico. Foi histórico porque, pela primeira vez em quatro décadas de democracia, o PCP e o Bloco de Esquerda aceitaram fazer um compromisso que permite dar posse a um governo. E independentemente do que se pense sobre isso, este é um facto que pode mudar as regrpor Paulo Ferreira -
Maldito empreendedorismo, que vingou
Já ouviu falar da Uniplaces? Então espreite aqui. É uma empresa que nasceu há três anos. Como quase todas, identificou um problema que podia ajudar a resolver. De um lado jovens universitários que vão estudar para outra cidade e precisam de alojamento. Do outro lado, proprietários que têm casas e qupor Paulo Ferreira -
Da falta de entendimento à falta de respeito
Esqueçam os mapas, os GPS e outros instrumentos de orientação que nos guiaram durante 40 anos. Ficaram obsoletos em duas semanas, tornaram-se peças de museu e agora só nos servem para podermos recordar como era antigamente. E como em quase tudo, haverá os saudosistas e os que defendem que agora é qupor Paulo Ferreira -
O que não vai acontecer
Que governo vamos ter daqui a um mês? Quem vai ser o primeiro-ministro? Vamos ter Orçamento do Estado aprovado para entrar em vigor no dia 1 de Janeiro? Há alturas em que a imprevisibilidade reina. Este é um desses tempos. No momento em que escrevo não sei o que vai o Presidente da República fazer epor Paulo Ferreira -
Qual é a pressa, António Costa?
A reunião desta terça-feira entre a coligação PàF e o PS tornou tudo mais claro. António Costa quer ser primeiro-ministro custe o que custar. E quer sê-lo já.por Paulo Ferreira -
O PS no meio da ponte
A minha primeira intenção era ter escrito esta crónica na terça-feira à noite. O tema do momento, incontornável, é a situação política. Depois da declaração de Cavaco Silva - mensagem: entendam-se lá todos no Parlamento menos com o PCP e o Bloco de Esquerda - importava saber qual a posição dos sociapor Paulo Ferreira -
Por onde andou o país que agora aparece nas sondagens?
Não faço ideia se as sondagens que diariamente estão a ser publicadas estão mais ou menos certas ou redondamente erradas. Não sei - alguém sabe? - se os cerca de 20% de indecisos que aparecem nesses radares vão decidir a eleição a favor da coligação PàF ou do PS ou se, pelo contrário, vão preferir fpor Paulo Ferreira -
Ganhar é muito bonito, mas...
Aos políticos em campanha exigimos, e bem, que sejam claros e verdadeiros, que não se escondam atrás da retórica para evitar dizer ao que vêm, que não prometam o que não podem ou não fazem questão de cumprir, que nos digam como e para que querem governar.por Paulo Ferreira