
Conforme portaria do Ministério do Turismo e Transportes, a que a Lusa teve acesso, o selo agora lançado intitula-se "Parque Natural da Baía do Inferno e do Monte Angra -- 2.º aniversário".
O selo, da autoria do artista de artes plásticas cabo-verdiano Domingos Luísa, terá taxas de 270 escudos (2,44 euros), 200 escudos (1,8 euros), 60 escudos (0,54 euros), 50 escudos (0,45 euros) e 40 escudos (0,36 euros).
Em abril de 2021, o Governo cabo-verdiano aprovou a criação do Parque Natural da Baía do Inferno e do Monte Angra (PNBIMA), conhecido por ter falésias de mais de 500 metros, passando a integrar a Rede Nacional das Áreas Protegidas.
Conhecido pelas zonas de difícil acesso, bem como fauna e flora únicas, o parque é criado e delimitado com uma área total de 21.096 hectares, sendo 3.626 hectares a parte terrestre e 17.470 hectares a parte marinha, situada a sul da aldeia piscatória de Porto Rincão, concelho de Santa Catarina, e a noroeste da aldeia piscatória de Porto Mosquito, concelho de Ribeira Grande.
Segundo o processo de classificação, apresenta valores paisagísticos e geológicos, como dois episódios vulcânicos regionais que ocorreram, respetivamente, entre os 3,3 a 2,2 milhões de anos e os 1,1 a 0,7 milhões de anos.
O monte Angra, com 577 metros de altitude, é simultaneamente um dos pontos mais altos do PNBIMA, a maior falésia costeira de Cabo Verde e uma das mais altas de todo o Atlântico Norte.
O parque que conjuga ainda valores da biodiversidade, já que a "importância internacional" das falésias litorais da baía do Inferno foi reconhecida há cerca de duas décadas, após a sua classificação como Área Importante de Aves e Biodiversidade (IBA).
Cinco das oito espécies de aves marinhas que nidificam em Cabo Verde fazem-no na baía do Inferno e as populações de duas dessas espécies, o alcatraz e o rabo-de-junco, "são particularmente numerosas e relevantes, tanto ao nível do arquipélago como ao nível regional, no contexto da costa atlântica africana".
RIPE (PVJ) // LFS
Lusa/Fim
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