Acompanhe toda a atualidade informativa em 24noticias.sapo.pt

O atleta, que completa 41 anos na próxima semana, encerrará assim uma carreira notável de 13 anos nas corridas, com 16 vitórias em 23 maratonas disputadas. Destas, 11 foram em provas grandes, o que faz de Kipchoge o atleta mais bem-sucedido da história dessas competições – entre homens e mulheres.

“Novembro, e é Nova Iorque… É um lugar que tenho em mente há muito tempo,” afirmou ao site Olympics.com. “Está na hora de eu ir até lá antes de embarcar na minha nova jornada — correr por outras causas”.

A estreia de Kipchoge em Nova Iorque permitirá completar o chamado “circuito das sete estrelas”. O queniano já competiu nas outras seis grandes maratonas (com Sydney adicionada em agosto), e venceu em Tóquio e Chicago. É o único atleta masculino a vencer quatro vezes em Londres e cinco vezes em Berlim, onde estabeleceu recordes do mundo em 2018 (2:01:39) e 2022 (2:01:09).

Questionado sobre os planos para o futuro, respondeu: “Vou correr na Antártida! Agora quero fazer algo extremo, algo que obrigue uma pessoa a esforçar-se verdadeiramente…”

Kipchoge ficou mundialmente conhecido por ter quebrado a barreira das duas horas numa maratona não oficial, em Viena, em 2019, ao correr 1:59:40 num projeto patrocinado pela INEOS. Apesar de o feito não ser reconhecido como recorde mundial por não cumprir os regulamentos da World Athletics, continua a ser a maratona mais rápida de sempre.

O atleta conquistou o ouro olímpico em 2016 (Rio de Janeiro) e 2021 (Tóquio), onde se tornou o primeiro homem a defender com sucesso o título olímpico da maratona desde o alemão Waldemar Cierpinski, em 1980. Tentou o “tri” nos Jogos de Paris, no verão passado, mas abandonou aos 30 quilómetros devido a dores na anca — a única maratona que não completou na carreira.

Este ano, Kipchoge competiu em mais de duas maratonas pela primeira vez desde que passou a correr em estrada, em 2012. Foi sexto em Londres (2:05:25) e nono em Sydney (2:08:31), em agosto.

Além do legado desportivo, o corredor foi eleito em julho como representante masculino dos atletas no Comité Olímpico do Quénia, cargo para o qual concorreu sem oposição.

“Vão ver-me de uma forma diferente, talvez a inspirar outras pessoas, mas já não a correr,” afirmou no verão passado, em Paris. “Preciso de parar, sentar-me e tentar compreender estes 21 anos a correr ao mais alto nível. Preciso de evoluir e dedicar-me a outras coisas”.

Eliud Kipchoge é ainda considerado o corredor vivo mais rápido do mundo depois de ter atingido 2:01:09 na Maratona de Berlim, em 2022. Kelvin Kiptum conseguiu a melhor marca de sempre (2:00:35) na Maratona de Chicago em 2023, mas morreu após um acidente de carro em 2024, com apenas 24 anos.

__

A sua newsletter de sempre, agora ainda mais útil

Com o lançamento da nova marca de informação 24notícias, estamos a mudar a plataforma de newsletters, aproveitando para reforçar a informação que os leitores mais valorizam: a que lhes é útil, ajuda a tomar decisões e a entender o mundo.

Assine a nova newsletter do 24notícias aqui.