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Segundo os serviços secretos ucranianos (SBU), Trukhanov obteve um passaporte russo em dezembro de 2015. A investigação revelou que o autarca chegou a ter três passaportes internos russos e um passaporte soviético, revela hoje o The New Voice of Ukraine, documentos oficiais russos e decisões judiciais confirmam que a sua cidadania russa permanece válida.

A perda da nacionalidade impede-o de continuar a exercer funções na câmara municipal. Trukhanov, que sempre negou as acusações, garante que vai recorrer ao Supremo Tribunal da Ucrânia e ao Tribunal Europeu dos Direitos Humanos: “Nunca recebi um passaporte russo. Sou um cidadão ucraniano.”

Antigo deputado e autarca desde 2014, Trukhanov foi durante anos visto como um político pró-russo, embora tenha criticado publicamente Moscovo após a invasão de 2022, colaborando com as forças ucranianas na defesa da cidade portuária.

A decisão de Zelensky está a gerar polémica interna. Críticos acusam o presidente de centralizar poder, afastando figuras que não fazem parte da sua esfera política. A revogação de cidadania de Trukhanov segue-se a medidas semelhantes, como a retirada de cidadania ao líder da Igreja Ortodoxa Ucraniana ligada a Moscovo e ao bailarino Sergei Polunin, conhecido pelo seu apoio público ao Kremlin.

De acordo com fontes judiciais ucranianas, apenas as autoridades russas podem revogar formalmente a cidadania russa, pelo que, neste momento, Trukhanov é oficialmente considerado cidadão da Federação Russa, promete lutar para permanecer no cargo de autarca, mas a decisão de Kiev abre uma crise política local num momento sensível para a segurança nacional.

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