Assim, Portugal encontra-se no conjunto de países europeus onde se verifica um menor teor médio de sal para as categorias de produtos de padaria, produtos processados à base de batata, refeições pré-preparadas enlatadas, refeições pré-preparadas frescas, e queijos e um menor teor médio de açúcar para as categorias dos refrigerantes e dos bolos e bolachas doces.

“Estes dados resultam de um esforço da União Europeia para ter um sistema de monitorização da oferta alimentar em todos os países da UE”, que acompanhe a evolução da composição dos alimentos nos diferentes países e perceber o impacto das diferentes medidas que estão a ser implementadas, revelou à Lusa a diretora do PNPAS, Maria João Gregório.

Segundo a responsável, Portugal tem vindo a definir “uma estratégia forte na área da reformulação dos produtos alimentares”, em colaboração com o setor da indústria e da distribuição, que estará a contribuir para estes resultados.

No documento também é analisado o impacto do imposto especial de consumo sobre as bebidas açucaradas, verificando-se uma diminuição de 39% da proporção de bebidas com 8 gramas de açúcar por 100 mililitros, entre 2017 e 2024.

Maria João Gregório salientou que este imposto será “um dos fatores que terá contribuído para este resultado”.

“Este efeito, mantido ao longo do tempo, demonstra o papel decisivo das políticas fiscais na promoção de ambientes alimentares mais saudáveis“, acrescenta o relatório.

A DGS salienta que nas categorias como cereais de pequeno-almoço, iogurtes e produtos de charcutaria, o teor médio de sal e açúcar continua acima da média europeia, demonstrando a necessidade de continuar a investir na reformulação dos produtos alimentares em Portugal.