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O estudo revela uma forte preferência por produtos de capital garantido entre quem investe: depósitos a prazo (49%), Planos Poupança Reforma (38%) e certificados de aforro ou Tesouro (35%). Já ativos de maior risco, como ETF (14%) e criptomoedas (10%), continuam a ter pouca expressão, embora o ouro ou prata (39%), as ações (29%) e os fundos de investimento (22%) surjam como alternativas relevantes.

Quase metade dos inquiridos (49%) considera ter um perfil conservador e 41% moderado, enquanto apenas 6% se assume agressivo. A prudência é também reflexo da experiência de investimento: 44% dos participantes já perdeu dinheiro, o que reforça a preferência por produtos de capital garantido.

A diversificação dos investimentos continua limitada. Embora 71% diga conhecer o conceito, apenas 40% o aplica na prática. Também a preocupação com fatores de sustentabilidade (ESG) permanece reduzida, com apenas 29% a valorizá-los nas suas decisões.

A banca mantém-se como a principal fonte de informação (52%) e o principal canal de investimento (50%), ainda que se verifique um aumento do uso de canais digitais — como aplicações (20%) e plataformas (17%). Além disso, 21% dos inquiridos recorrem a familiares e amigos para obter informação sobre investimentos.

Quem investe, investe pouco — e há mais homens e seniores entre os investidores

A maioria dos portugueses que investe aplica uma percentagem moderada do rendimento. Um terço (33%) destina entre 5% e 10% dos rendimentos ao investimento, enquanto 21% aplica mais de 20%, sobretudo homens e pessoas com mais de 65 anos.

A capacidade de investir está fortemente associada ao rendimento familiar: nos agregados até 1.500 euros, a maioria aplica menos de 5%, ao passo que acima dos 3.000 euros, 11% investe mais de 20%.

Entre os investidores, 45% têm experiência de mais de 10 anos e 36% reforça as aplicações mensalmente. Ainda assim, 37% admite ter apenas noções básicas sobre os produtos em que investe, e apenas 7% segue recomendações de profissionais ou familiares.

Para Sérgio Cardoso, Chief Education Officer do Doutor Finanças, “os principais indicadores demonstram que grande parte dos portugueses ainda não investe, e aqueles que o fazem privilegiam a segurança e a preservação do capital. A par da literacia financeira, precisamos também de uma injecção de confiança”.

O estudo foi realizado entre 31 de julho e 28 de agosto de 2025, através de inquérito telefónico a 701 indivíduos residentes em Portugal, assegurando representatividade nacional por género, idade, região e escalão socioeconómico. A margem de erro é de 4%, para um nível de confiança de 95%.

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