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O Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional alertou que os guardas poderão participar na greve geral marcada para 11 de dezembro caso o Governo não avance com as reivindicações relacionadas com a promoção de trabalhadores e o reforço da segurança nas cadeias.

O presidente do sindicato, Frederico Morais, disse à Lusa que a última reunião com o grupo parlamentar do PSD está marcada para quinta-feira, mas se não houver mudanças, os profissionais juntar-se-ão à paralisação.  Uma das preocupações centrais é a situação de segurança, que considera inalterada desde a fuga de cinco reclusos da cadeia de Vale de Judeus, em setembro do ano passado.

Frederico Morais criticou que obras previstas, como redes nos pátios e torres de vigilância, ainda não começaram, e que os inibidores de sinal de telemóvel e drone, aprovados em 2024 para todas as prisões até 2025, ainda não estão ativos.

O sindicalista alertou que a falta de segurança facilita fugas e atividades criminosas dos presos, dado que estes continuam a comunicar com o exterior. As denúncias do sindicato coincidem com as conclusões de uma auditoria ministerial, que confirmou problemas como torres de vigia inoperacionais e escassez de guardas.

Frederico Morais sublinhou que as prisões estão sobrelotadas, com mais de 13 mil reclusos, quando o número ideal de guardas seria de 5.500 e atualmente existem apenas 3.890. Criticou ainda o aumento de atividades oferecidas aos presos, como aulas de ioga, ballet ou canto, que considera inadmissíveis perante a falta de pessoal, defendendo que se deveria limitar as saídas dos reclusos ao exterior.

Além das questões de segurança, os guardas protestam contra a decisão do Ministério das Finanças que bloqueou a promoção de profissionais com mais de 20 anos de serviço. Do concurso que deveria permitir a promoção de 387 guardas, apenas 200 foram autorizados, deixando 187 trabalhadores de fora, o que representa um aumento salarial não concedido de cerca de 100 euros.

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