Acompanhe toda a atualidade informativa em 24noticias.sapo.pt
O vídeo, transmitido em agosto de 2024, mostrava reservistas a cercar o detido com escudos e a agredi-lo, incluindo um alegado ato de tortura com um objeto pontiagudo. Cinco soldados foram acusados de abuso agravado e ofensas corporais graves, e segundo a BBC todos negam as acusações.
Tomer-Yerushalmi demitiu-se na sexta-feira, assumindo “total responsabilidade” pela divulgação, que disse ter sido feita para combater “propaganda falsa contra as autoridades judiciais do exército”.
O ministro da Defesa, Israel Katz, proibiu o seu regresso ao cargo, acusando-a de “espalhar calúnias contra os soldados israelitas”, enquanto o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu classificou o incidente como “o ataque de relações públicas mais grave” contra o Estado desde a sua fundação.
Horas após a sua demissão, a ex-advogada foi dada como desaparecida, levando a uma operação de busca nas praias de Herzliya, onde acabou por ser encontrada viva. Pouco depois, a polícia confirmou a detenção de Tomer-Yerushalmi e do ex-procurador militar Matan Solomosh, suspeitos de envolvimento no vazamento do vídeo e de outros crimes.
O caso tornou-se um ponto de rutura política em Israel: a direita considera a divulgação uma traição ao exército, enquanto setores da esquerda veem o vídeo como prova crucial de abusos sistemáticos de detidos palestinianos após os ataques do Hamas de 7 de outubro de 2023. Um relatório da ONU já havia acusado Israel de práticas de tortura e violência sexual generalizadas contra prisioneiros de Gaza, acusações que o governo israelita rejeita, garantindo cumprir o direito internacional.
A sua newsletter de sempre, agora ainda mais útil
Com o lançamento da nova marca de informação 24notícias, estamos a mudar a plataforma de newsletters, aproveitando para reforçar a informação que os leitores mais valorizam: a que lhes é útil, ajuda a tomar decisões e a entender o mundo.
Assine a nova newsletter do 24notícias aqui.
Comentários