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De acordo com um comunicado da Europol, os suspeitos estarão envolvidos em crimes de guerra cometidos durante a invasão russa da Ucrânia, incluindo atos de violência sexual, execuções de prisioneiros de guerra e de civis. Entre os identificados há cidadãos da Ucrânia, Moldávia, Cazaquistão, Uzbequistão, Tajiquistão, Turquemenistão, Azerbaijão, Arménia e Bósnia-Herzegovina.

A operação — designada como “dia de ação” — decorreu a 29 de outubro, resultando em 70 buscas domiciliárias nos dois países. As autoridades apreenderam armas de fogo e armas brancas, munições, uniformes, insígnias com o símbolo da Wagner e equipamentos eletrónicos. Foram ainda recolhidos vídeos e fotografias que indiciam a participação de cidadãos ucranianos e moldavos em combates na Ucrânia e na República Democrática do Congo enquanto integravam estas companhias militares privadas.

Durante a investigação, a Polícia ucraniana partilhou, através dos canais seguros da Europol, os nomes de 280 cidadãos estrangeiros suspeitos de envolvimento em operações de combate. Desde o início da operação, as autoridades descobriram locais de recrutamento e treino, mapearam estruturas de comando e documentaram crimes de guerra, incluindo execuções de civis, uso de armas proibidas e ataques a cidades ucranianas. Até ao momento, 11 cidadãos ucranianos foram acusados de alta traição por integrarem as formações Wagner e Redut.

A Europol apoiou a investigação através da troca e análise de informações, bem como pela criação de um posto de comando virtual que facilitou a comunicação entre as autoridades envolvidas. A agência europeia também reforçou a recolha de inteligência, cruzando dados operacionais em tempo real com as suas bases de dados e fontes abertas.

A Europol sublinha que mantém cooperação operacional estreita com a Ucrânia e a Moldávia desde 2014, no âmbito dos esforços conjuntos para combater o crime organizado e as redes transnacionais que ameaçam a segurança europeia.

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