O Centro de Vacinação da Azambuja foi vandalizado na madrugada desta segunda-feira, segundo informa a respetiva autarquia.

No  site, a Câmara da Azambuja “lamenta e manifesta o seu total repudio contra os atos de vandalismo”.

Além de ter sido danificada a estrutura instalada para proteger os utentes em espera, a escadaria de acesso ao pavilhão onde se encontra o centro de vacinação foi pintada com tinta vermelha.

“As imagens falam por si, mostrando o resultado de uma ação deliberada de pura e simples destruição das estruturas colocadas no exterior do centro de vacinação e, ainda, a pintura do chão e escadas com tinta vermelha”, lamenta ainda a Câmara Municipal, que informa já ter comunicado a situação à GNR e que vai apresentar uma "denúncia formal junto das autoridades competentes".

Até 6 de agosto, no centro da Azambuja foram vacinados contra a covid-19 14.608 pessoas com a primeira dose e 11.152 com as duas doses da vacina.

Desde o início da pandemia, o concelho registou 1.886 casos confirmados de covid-19, dos quais 25 estão ativos, registou ainda 1.821 de recuperados e 40 óbitos, de acordo com informação divulgada pelo município na sua página na rede social Facebook.

Já no sábado à noite, no Pavilhão Multiusos de Odivelas, onde estavam a ser vacinados jovens de 16 e 17 anos contra a covid-19, o vice-almirante Gouveia e Melo foi recebido por algumas dezenas de manifestantes anti-vacinação, que gritavam "assassino".

Questionado pelos jornalistas sobre o que é que os manifestantes lhe tinham dito quando entrou, o vice-almirante afirmou: "Olhe, o que estão a dizer agora, genocídio e assassínio, chamam-me assassino, o que quer que eu lhe diga?".

O responsável da 'task-force' salientou que a "única coisa" que tinha a dizer aos manifestantes era que "o obscurantismo no século XXI continua, há ondas de obscurantismo".

Os manifestantes anti-vacinação tinham começado a reunir-se em frente à porta principal do Centro de Vacinação de Odivelas cerca das 21:00. Alguns mascarados com fatos brancos e outros sem máscara e sem cumprirem o distanciamento social, exibiam uma longa faixa que dizia: "As crianças não são cobaias".